O açúcar produzido pelas usinas brasileiras
24-05-2016

O mercado é quem define qual dos açúcares a empresa produzirá

Atualmente, os grandes volumes de produção se concentram nos açúcares do tipo cristal e VHP (sigla em inglês para ‘polarização muito alta’). De acordo com o engenheiro e CEO da Reunion Engenharia, Tercio Marques Dalla Vecchia, o açúcar cristal é o padrão das usinas locais, sendo utilizado para consumo direto, tanto pelo consumidor final, quanto para utilização industrial e/ou refino do açúcar. “Já o VHP é uma invenção brasileira para um açúcar que deverá ser refinado no exterior. Em termos de processo, qualquer unidade preparada para produzir cristal pode produzir VHP. A escolha é simplesmente realizada pelos aspectos comerciais, já que esse tipo de produto é voltado, exclusivamente, à exportação.”

Dalla Vecchia explica que os outros tipos de açúcares, como os cubinhos, coloridos e os grandes cristais, também tem suas parcelas de produção, porém, bem menores do que os citados anteriormente, pois são aplicados a pequenos nichos de mercado e, normalmente, não interessam às usinas que trabalham com commodities. “Atualmente, uma produção que está em alta é a do açúcar orgânico, cuja complexidade está no campo (cana orgânica) e nos selos de garantia. Há um mercado com bom potencial nesta área.”

O CEO da Reunion Engenharia comenta, por fim, do refinado, voltado para o consumo direto e caracterizado por, praticamente, não ter cor, se diluindo na água. “Porém, o refino exige um processo extra que demanda investimentos cujos resultados financeiros nem sempre são compensadores.” Dalla Vecchia explica que, para as usinas que vendem açúcar no varejo com marca própria, o refino pode ser uma boa alternativa, mas que dependerá de todo o processo de distribuição e marketing. “Eventualmente, tem que contratar a Gisele Bündchen ou a Ana Maria Braga para a divulgação.”

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