O agro atrai as startups
25-09-2017

O nascimento de empresas focadas em inovações agrícolas já faz a diferença no campo, mas é só o começo

Leonardo Ruiz

Foto abre: No agro, as áreas para quais as startups mais produzem são as de tecnologia da informação e a da biotecnologia
Foto: Luciana Paiva

Em meados de 2008, os jovens TravisKalanick e Garrett Camp não conseguiram pegar um taxi numa Paris coberta de neve. Tiveram uma ideia: apertar um botão no celular e, em poucos minutos, conseguir um carro. O que começou como um simples aplicativo para solicitar carros pretos premium em algumas áreas metropolitanas já mudou a malha logística de cidades do mundo todo. O UBER já é a maior companhia de taxis do planeta, maspor incrível que pareça, não possui um único carro.

O que muitos não sabem, é que o UBER, assim como outras gigantes tecnológicas que revolucionam em algum momento nossas atividades diárias, começou como uma simples startup, um termo que se popularizou no meio empreendedor mundial há poucos anos e que designa um grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia fazer dinheiro.

Embora seja um conceito que possa ser aplicado para qualquer tipo de empresa, o analista de projetos do departamento de agronegócio e biocombustíveis da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Marcos Antônio da Cruz Barros, explica que a grande diferença consiste no fato de que o principal ativo das startups é o conhecimento, enquanto que as micro e pequenas empresas, como as fábricas, lojas comerciais e prestadores de serviços, se baseiam em capital não intelectual, ou seja, financeiro.

O investidor-anjo e conselheiro da Associação Brasileira de Startups (ABSTARTUPS), Yuri Gitahy, caracteriza as startups como um grupo à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, iniciado por uma ou mais pessoas que trabalham em condições de incerteza, mas com grandes expectativas de sucesso.

Essa definição permite explorar em mais detalhes o universo ao redor de uma startup: a busca por um modelo de negócios que seja inovador em seu segmento e opera com uma lógica de experimentação rápida, em que ideias, assim que colocadas em prática, mostram-se promissoras e recebam algum tipo de investimento. Lembrando que, quando uma empresa busca por um modelo que seja repetível e escalável quer dizer que também está buscando por uma espécie de automação do seu modelo. Ou seja, independentemente do número de clientes que ela conquiste, o custo da operação não pode se elevar na mesma proporção.

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