O ENCONTRO CANA SUBSTANTIVO FEMININO
04-01-2018

Idealizado pela jornalista Luciana Paiva e realizado por sua empresa – Paiva & Baldin Editora – o Encontro Cana, substantivo feminino foi criado para homenagear as mulheres que contribuem para a evolução do setor sucroenergético, além de ser um espaço de debate entre mulheres e homens impulsionando o crescimento da participação feminina na agroindústria canavieira, unindo as diferenças e, com isso, favorecendo o desenvolvimento do setor e a melhoria no ambiente de trabalho.

Segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), o setor sucroenergético movimenta um mercado próximo a 30 bilhões de dólares por ano. São 436 unidades produtoras espalhadas de Norte a Sul do País (60 não estão moendo), e 70 mil produtores de cana. A cadeia da agroindústria canavieira gera aproximadamente 4,5 milhões de empregos diretos e indiretos. O Relatório de Sustentabilidade da Unica aponta que uma usina padrão tem, em média, 403 cargos, que vai desde trabalhos manuais até funções altamente qualificadas.
As mulheres ocupam uma pequena extensão nesse universo canavieiro, mas o quadro está mudando. Há 10 anos, a presença feminina na agroindústria canavieira se dava principalmente nas áreas de assistência social, laboratórios ou na agrícola, com as cortadoras de cana.

Porém, os canaviais estão cada vez mais mecanizados, a indústria automatizada e as práticas de produção mais sustentáveis. Essa evolução está abrindo às portas das usinas para as mulheres. Elas trocaram o podão pelo joystick das colhedoras de cana, pilotam rodotrens, dão o start na indústria, cuidam das finanças da empresa, analisam o mercado, desenvolvem pesquisas e coordenam a gestão da usina.

A necessidade do setor por mão de obra especializada é um motivo a mais para a contratação de mulheres, pois elas estão se qualificando mais que os homens. Segundo estudo realizado pela International Business Center da Grant Thornton Brasil, mais de 55% das brasileiras possuem qualificação. De acordo com dados do IBGE, em 2011, entre a População Economicamente Ativa (PEA) a presença feminina com nível superior ultrapassou a masculina e atingiu 53,6%.