O funcionamento do mercado de soja certificada
11-11-2014

A soja é uma das culturas agrícolas brasileiras cuja produção mais cresceu nas últimas décadas, em torno de 240% nos últimos 20 anos, respondendo hoje por mais de 50% da área plantada com grãos no país, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). É também o produto agrícola que mais representatividade possui na balança comercial. O complexo soja (grão, farelo e óleo) é o segundo mais importante item na pauta de exportações do Brasil, ficando atrás apenas do minério de ferro, de acordo com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Além do volume de produção, a soja brasileira se destaca também pela alta qualidade. O grão produzido no Brasil e seus subprodutos possuem elevado teor de proteína e padrão de qualidade premium, o que permite a sua entrada em mercados extremamente exigentes, como a União Europeia e o Japão.

Nestes mercados, crescem cada vez mais as pressões e exigências para que os produtores se adequem aos parâmetros internacionais de sustentabilidade. É neste contexto que se insere a certificação da cultura da soja, representada, sobretudo, pela RTRS (Round Table on Responsible Soy), instituição criada na Holanda, em 2006, para assegurar o cultivo da soja de maneira sustentável.

Para obter o certificado da RTRS é preciso obedecer a cinco princípios básicos: cumprimento legal e boas práticas empresariais, condições de trabalho responsáveis, relações comunitárias responsáveis, responsabilidade ambiental e práticas agrícolas adequadas. O pagamento que o produtor recebe pela soja certificada entra como crédito em uma plataforma de comercialização e fica disponível para os produtores de soja o utilizarem em negociações com os demais players do mercado.

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