O pilar de sustentabilidade do setor sucroenergético
06-06-2018

Números que compravam que a cana-de-açúcar é parceira do ambiente

ENERGIA RENOVÁVEL
A cana-de-açúcar foi a 1ª fonte de energia renovável do país na matriz energética brasileira
• Responsável por 17,5% da matriz energética nacional, ajudando a colocar o Brasil acima da média mundial no uso de energias limpas e renováveis (13,2%).
• 1ª fonte dentre as energias renováveis - superior à hidráulica (12,6%) – na matriz energética.
• 2ª fonte dentre todas as fontes de energia (renováveis e não-renováveis) – inferior apenas ao “petróleo e derivados” (36,5%).

USO DO ETANOL
• O etanol reduz a emissão de CO2 em até 90% se comparado com a gasolina, em todo o seu ciclo de vida.
• Emissões evitadas são mais de 450 milhões de toneladas de CO2 pelo consumo de etanol entre 2003 e 2017. Para mitigar esta mesma quantidade, equivalente, em termos de ordem de grandeza a emissão do Chile (2012) por 5 anos ou a emissão de Portugal (2012) por 8 anos, teríamos que cultivar mais de 3 bilhões de árvores nos próximos 20 anos.
• O uso do etanol nas oito principais regiões metropolitanas do Brasil reduz
aproximadamente 1,5 mil mortes e 10 mil internações anuais ocasionadas por
problemas respiratórios e cardiovasculares (USP) associados aos gases gerados pela queima de combustíveis fósseis (gasolina e diesel).

PRÁTICAS DO SETOR
Bagaço para produção de bioeletricidade
• 1 tonelada de cana: 250 kg bagaço (50% umidade) e 280 kg palha (50% umidade).
Fonte: CTC (2015)
• 378 usinas sucroenergéticas em 2016: 54% comercializam eletricidade para a rede
(203 unidades) (EPE 2017).
• Em 2017, a bioeletricidade sucroenergética ofertada para a rede evitou a emissão de 6,3 milhões de CO2 na atmosfera, marca que seria atingida somente com o cultivo de 44 milhões de árvores ao longo de 20 anos.
• A geração de bioeletricidade sucroenergética para a rede em 2017 poupou o
equivalente a 15% da água nos reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste, no período seco do ano.
Vinhaça e torta de filtro para produção de biogás e biometano
• Fertirrigação (vinhaça é rica em água, potássio, cálcio e magnésio).
• Cada litro de etanol gera de 10 a 13 litros de vinhaça.
• Vinhaça e torta de filtro são usadas para a geração de biogás e biometano.
Controle biológico de pragas
• Broca.
• Cigarrinha da cana-de-açúcar.
Uso de água
• Reúso de água industrial de mais de 95%, com baixas taxas de captação de água em
torno de 1 m³/tonelada de cana.
• Utiliza-se pouca água para irrigação, reutilizando os efluentes para este fim.
Melhoramento genético e novas variedades de cana-de-açúcar
• Junho/2017: aprovação da primeira cana transgênica para uso comercial – resistente à
broca de cana-de-açúcar.
• Cana-energia: variedade com maior quantidade de biomassa para cogeração e produção de etanol 2G
Produção de Etanol 2G a partir da celulose do bagaço e da palha da cana
• Redução emissão de GEE, ampliando o benefício ambiental do biocombustível.
• Aumento da fabricação de etanol em até 50% sem ampliar a área de cultivo.
• Produção do biocombustível mesmo durante a entressafra.
• Utilização de insumos já disponíveis nas unidades: bagaço e palha da cana-de-açúcar.

USO DA TERRA
• A cana-de-açúcar ocupa 10,2 milhões de hectares – 1,2% do território brasileiro
agricultável.
• A cana-de-açúcar que produz etanol ocupa 4,9 milhões de hectares – 0,6% do
território brasileiro destinado à produção agropecuária.
• A maior parte do território nacional é ocupada por vegetação nativa (65%), seguido de pastagens e agricultura (30%) e demais usos (5%).
• O plantio da cana-de-açúcar também ajuda no sistema de rotação de culturas,
permitindo a exploração do mesmo espaço de terra para plantação de amendoim, soja e milho.

PROTOCOLO AGROAMBIENTAL – ETANOL VERDE
• Acordo voluntário firmado entre as Secretarias do Meio Ambiente e Agricultura do Estado de SP, a indústria (UNICA) e os fornecedores de cana (ORPLANA).
• Antecipação dos prazos para eliminação da queima da cana-de-açúcar: 2021 para 2014 em áreas mecanizáveis e 2031 para 2017 em outras áreas.
Principais resultados (de 2007 a 2017)
• 97,5% da área de cana do Estado de São Paulo não se pratica a queima na colheita.
• As emissões de gases de efeito estufa evitadas equivalem ao que teria sido emitido por cerca de 162 mil ônibus circulando durante um ano.
• Mais de 200 mil hectares de áreas ciliares e 8.230 nascentes foram protegidas e recuperadas.
• 13 milhões de mudas plantadas no Estado de São Paulo.
• 60% das usinas signatárias possuem programas de restauração florestal de seus fornecedores de cana.
• Desde 2010, as usinas reduziram em 40% o consumo de água para o processamento industrial, em função de sistema de reúso, aprimoramento de processos industriais e avanço da colheita mecanizada.
• O consumo de água passou de 1,52 m³ por tonelada de cana na safra 2010/2011 para 0,91 m³ por tonelada de cana na safra 2016/2017.

NOVO PROTOCOLO AGROAMBIENTAL – ETANOL MAIS VERDE
• Objetivo de garantir a restauração das matas ciliares e nascentes localizadas em áreas de cultivo do Estado de São Paulo.
• Até o ano de 2022, as usinas terão concluído o início do processo de restauração de todas essas áreas. O mesmo compromisso foi assumido pelos fornecedores de cana, sendo o seu prazo final 2025.
• Reafirma uma série de boas práticas que já vem sendo adotadas, como:
• Adequação ao Novo Código Florestal
• Técnicas de conservação do solo
• Conservação e reúso da água
• Medidas de proteção à fauna
• Preservação e combate à incêndios florestais, entre outras.