“O RenovaBio é muito importante para o setor”, afirma Pedro Mizutani
01-03-2017

Mizutani pede o envolvimento do setor para que o RenovaBio tenha sucesso
Mizutani pede o envolvimento do setor para que o RenovaBio tenha sucesso

Programa poderá trazer a desejada estabilidade para a cadeia sucroenergética

O cenário de maior demanda por açúcar, etanol e energia, leva à necessidade de aumentar o volume de cana, além de novas unidades e elevação na capacidade produtiva das já existentes. Mas o sobe e desce do mercado de açúcar, etanol e energia, aliado a inconstância governamental não animam investimentos na agroindústria canavieira. 

Em se tratando de etanol e energia, produtos estratégicos para o Brasil, o setor há muito tempo pede ao governo federal garantias de previsibilidade para poder investir. Não quer repetir o erro ocorrido no governo do Presidente Lula, que estimulou a grande corrida expansionista da cana, baseada na conquista de novos mercados pelo etanol, e depois abandonou os produtores, deixando-os cheios de dívida. O golpe fatal veio no governo seguinte ao de Lula, o da Presidente Dilma, que ao congelar o preço da gasolina, acabou com a competitividade do etanol.
Depois de mais de 100 usinas entre paralisadas ou em recuperação judicial e cerca de 300 mil vagas de trabalho fechadas, os sobreviventes da cana pouco se empolgaram quando o governo Dilma anunciou, em 2015, o compromisso assumido na Conferência do Clima (COP21), em queum dos pontos mais importantes prevê que a participação dos biocombustíveis na matriz energética nacional deverá atingir 18%, o que, para o caso do etanol, significará saltar de uma produção de 28 bilhões de litros por ano para 50 bilhões de litros anuais nos próximos anos.
O Compromisso foi ratificado pelo Presidente Temer em 2016, isso significa que o Brasil confirmou que pretende cumprir o acordo. Para isso, vai precisar da cana. Para incentivar investimentos, o governo do Presidente Temer retomou o diálogo com o setor e desenvolveu o RenovaBio 2030- Programa do Ministério de Minas e Energia que vai discutir o papel dos biocombustíveis na matriz energética brasileira; desenvolvimento sustentável, economia e comercialização.

Governo e setor já discutem a formatação doRenovaBio, e, segundo Pedro Mizutani,vice-presidente de Relações Externas e Estratégia da Raízen e Presidente do Conselho da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), trata-se de um programa muito importante, pois ao oferecer previsibilidade aos investidores, pode trazer estabilidade para a cadeia sucroenergética. “Todos precisam se envolver e apoiar para que este programa seja elaborado de forma que garanta a sustentabilidade do setor e que o Brasil cumpra seu compromisso com a COPY 21”, diz Mizutani.
A expectativa é que o RenovaBio, até 2030, receba US$ 40 bilhões de investimentos no Brasil pela iniciativa privada, esteja presente em 1,6 mil municípios e gere cerca de 750 mil empregos.
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