O ritmo de renovação dos canaviais caiu 37% no Centro-Sul desde 2013
17-12-2015

O canavial do Centro-Sul está ficando mais envelhecido por conta da grande redução no plantio. E isso tende a piorar para o próximo ciclo. “Ano que vem vamos entrar num canavial bem mais velho do que nessa safra”, diz Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Única (União da Indústria da Cana-de-açúcar). O levantamento que serve de base para essa afirmação mostra a queda das áreas de plantio nos últimos anos:

- Em 2013, as 153 usinas da amostra plantaram 590 mil hectares;
- Em 2014, plantaram 500 mil hectares;
- Em 2015 plantaram 387 mil hectares até o mês de outubro.
“Se calcularmos a queda do plantio de 2015 em relação a 2013, falamos de 37%. É cada vez mais um canavial velho, colocando em risco a oferta de cana em um ano em que não tivermos clima favorável.”
Motivos? Para Padua, a redução do índice de renovação tem sido problemas financeiros das empresas, clima, falta de mudas. “Podem ter sido várias as razões. Os números mostram que em todos os meses de 2015 se plantou menos”, relata Padua.
Um problema que não afeta apenas as pequenas usinas ou pequenos produtores de cana. De acordo com ele, também empresas de grande porte têm plantado menos. Em todos os estados do Centro-Sul houve redução da reforma. Especificamente em São Paulo, apenas as regiões de Piracicaba, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto tiveram na safra 2015/16 incremento de plantio de cana em relação ao ano passado.


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