O Uso do Preparo profundo na cultura canavieira
12-12-2014

Esta técnica é indicada quando existem camadas compactadas de solo em profundidade maior que aquela atingida pelo preparo convencional ou quando se deseja incorporar os corretivos em profundidade maior que 25 cm. 

Raffaella Rossetto, pesquisadora da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), conta que nesse sistema o subsolador alado de 80 cm de profundidade, combinado com uma enxada rotativa de 40 cm de profundidade por 1,2m de largura, permite a introdução em subsuperfície de corretivos que possam vir a corrigir o solo em profundidade maior que a alcançada pelo preparo convencional, aplicando qualquer produto na profundidade de 60-80 cm e a 40-60 cm de profundidade. “Além disto, o equipamento permite a incorporação com enxada rotativa de corretivos ou fertilizantes à profundidade de até 40 cm, dando a segurança de que a mistura solo x corretivo será eficaz”, completa. O preparo profundo pode ser feito em até 100 cm com implementos adequados para o processo.
Segundo a pesquisadora, existem diferentes tipos de solo, sendo que, antes da realização do preparo profundo, é necessário conhecê-los a fundo, pois cada um irá reagir diferentemente a esse tipo de preparo. “Latossolos distróficos, mesoálicos, álicos e ácricos, podem apresentar ganhos na produtividade, pois apresentam limitações químicas abaixo da camada arável, com teores baixos ou muito baixos de cálcio, e, consequentemente, com altos ou muito altos teores de alumínio trocável, o que limita o enraizamento em profundidade”. A presença de bases e a correção da acidez irão, ainda, favorecer o desenvolvimento do sistema radicular. “Já em solos que não apresentam impedimento físico ou químico, esse tipo de operação pode não proporcionar resultados positivos”, completa.
Para o consultor do Grupo Santa Terezinha, João Crisóstomo Simões Rodrigues, o principal benefício dessas técnicas é a diminuição de custos, que surge através da redução do número de máquinas utilizadas no preparo de solo. Além disso, com menor movimentação das mesmas, a utilização de caminhões prancha/comboio/munck também será reduzida. “Existe também economia na aplicação dos corretivos, pois somente é feita a aplicação nas faixas preparadas pelo PENTA, bem como de óleo diesel, e essa economia depende do número de operações que cada unidade produtora irá suprimir”.
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