Para a cana vencer a mato-competição
02-09-2019

A mato-competição causa entre 20% e 80% de perdas produtivas, que varia de acordo com a quantidade de plantas infestantes presentes na área

Dentre as espécies de plantas daninhas que ocorrem nos canaviais destacam-se duas gramíneas, o capim-colchão e o capim-braquiária, grandes competidoras da cana e redutoras da produtividade

*Paulo Donadoni

A cultura da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) é de grande importância sócio-econômica para todo o Brasil. A obtenção de elevadas produtividades depende de um manejo adequado de plantas daninhas, que competem eficientemente com a cultura por água, radiação solar, nutrientes, espaço e ainda podem interferir negativamente no crescimento da cultura através da produção de compostos alelopáticos. Assim, a mato-competição causa entre 20% e 80% de perdas produtivas, que varia de acordo com a quantidade de plantas infestantes presentes na área, as espécies ocorrentes e o tempo de convivência com a cultura. Além disso, o período crítico de mato-competição é bastante longo (em geral dos 30 aos 90 dias após o plantio), uma das características inerentes ao cultivo da cana e seu desenvolvimento.

Dentre as espécies de plantas daninhas que ocorrem nesta importante cultura destacam-se duas gramíneas, o capim-colchão (complexo de algumas espécies do gênero Digitaria) e o capim-braquiária (Brachiaria decumbens), grandes competidoras da cana-de-açúcar e redutoras da produtividade.

Como pode ser notado, tanto o capim-colchão quanto a braquiária são plantas na mesma família da cana-de-açúcar (Poaceae), fato relacionado a maior dificuldade para controlá-las sem causar danos na cultura. No Brasil, as duas espécies ocorrem em praticamente todas as regiões produtoras de Cana. São espécies de crescimento rápido e com grande capacidade de proliferação, o que denota uma atenção especial para o devido controle e manejo destas espécies.

Como manejar eficientemente essas plantas

Uma boa opção em cana é o uso de herbicidas pré-emergentes. Alguns desses herbicidas podem oferecer um longo período residual, o que é extremamente benéfico já que a cana possui um longo ciclo e demora até fechar a entrelinha.  A utilização de pré-emergentes deve ser bastante criteriosa, respeitando fatores como a correta aplicação do herbicida, aplicação de doses adequadas em relação ao tipo de solo, infestação presente e aplicação no limpo, principalmente, já que esses herbicidas possuem ação prevenindo a emergência de plantas e não sobre plantas já emergidas.

Existem ferramentas novas no mercado

A Bayer carrega em seus produtos o efeito de gerar valor ao produtor canavieiro por meio de resultados superiores nas lavouras, serviços de qualidade, e sempre com inovação.

Sabemos que é possível evoluir sempre na adoção de técnicas melhores para a condução do canavial. Veja o exemplo do Indaziflam que carrega um efeito residual extenso, evitando o repasse para a soca seca e aumentando as chances de lucro do produtor pelo fato de reduzirem, em suas áreas, a matocompetição e custos adicionais com repasses.

Profissionais do setor sucroenergético têm agora dois novos herbicidas, o Alion 500 SC e o Provence TOTAL, cuja formulação presente nestes herbicidas contém o ativo Indaziflam. Sendo no caso o Provence TOTAL, a mistura pronta desta molécula herbicida juntamente com outra, o Isoxaflutole, combinados em uma formulação líquida (SC) inovadora e avançada em relação ao equilíbrio dos ativos contidos neste produtoEsse ativo herbicida, o Indaziflam, possui um mecanismo de ação inédito e diferente dos outros já utilizados na cultura da cana-de-açúcar, sendo assim uma excelente opção de manejo.

O uso de Indaziflam contribui efetivamente para a rotação de mecanismos de ação de herbicidas na cana, configurando assim uma boa prática de manejo na prevenção da ocorrência de plantas daninhas resistentes. Além disso, Indaziflam possui um amplo espectro de controle de plantas daninhas, controlando espécies de folhas estreitas e folhas largas.

O Indaziflam destaca-se também pelo elevado período residual de controle, protegendo a produtividade nos períodos mais críticos de competição das plantas daninhas com a cana, já que a cultura demora para fechar a entrelinha. O elevado residual de Indaziflam oferece benefícios que vão além da questão técnica, como por exemplo, proporcionando maior tranquilidade ao agricultor e agilidade, por reduzir o número de entradas na lavoura (repasse), o que dispensa maquinário e mão de obra que poderão ser usados em outras atividades.

Também é fundamental o manejo das plantadas daninhas nas culturas rotacionais com a cana. O plantio de soja em áreas de renovação é o que mais cresce.  E a Bayer é a empresa líder em soja. Pensando na dimensão tamanha que é a produção e o plantio de soja no país, fica claro o potencial de tecnologia que a Bayer pode oferecer em tecnologia agrícola para os produtores, como Fox XPro, Roundup, nossa linha de sementes Monsoy e outras importantes soluções disponíveis para o produtor.

A Bayer vem entregando novas tecnologias para o produtor canavieiro obter mais valor por meio de sua produção. Atuamos em diferentes fases da lavoura canavieira e pretendemos aumentar nossa participação introduzindo, através de nossos produtos, novos resultados superiores em tecnologia e serviços essenciais ao produtor.

*Paulo Donadoni, Gerente de Estratégia de Portfolio e Cultura Cana da Bayer