Parceria inédita dá origem a curso em EaD sobre prevenção e combate a incêndios em canaviais em Minas Gerais
04-08-2020

Por: SENAR MINAS

Um novo treinamento está unindo em uma mesma ação as videoaulas criadas pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES, o combate a incêndios, e a proposta da entidade de verificar e atender necessidades específicas das grandes cadeias do agronegócio mineiro.

Em parceria com a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig) e com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBM-MG), está sendo lançado o Treinamento de Prevenção e Combate a Incêndio em Canavial, com aulas ministradas por bombeiros, por meio de vídeos produzidos pelo Sistema. São quatro módulos, com uma carga horária total de aproximadamente 20 horas.

O treinamento foi uma demanda da própria Siamig, “haja vista o crescimento da atividade e o fato dos incêndios estarem crescendo na mesma proporção dos negócios. As empresas tiveram um prejuízo de R$ 46 milhões de reais nos últimos dois anos com o fogo”, como conta o presidente da entidade, Mário Ferreira Campos Filho. Ele também é fruto da estratégia do Sistema FAEMG/SENAR/INAES de se aproximar mais das grandes cadeias do agronegócio mineiro, como acrescenta o superintendente do SENAR Minas, Christiano Nascif.

“Diante do cenário de pandemia, tivemos a iniciativa de nos reunir com os representantes do setor sucroenergético no estado para apresentar o trabalho realizado pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES, junto as usinas, nos últimos anos”, explica Ana Lúcia Campos, coordenadora de Administração e Finanças do SENAR Minas. “Falamos, também, sobre as soluções em videoaulas, como forma alternativa de manter os produtores e trabalhadores rurais atualizados em assuntos relacionados à sua rotina de trabalho. Essa aproximação com o nosso público alvo é importante para o alinhamento de informação e direcionamento de ações”, avalia.

Produção do conteúdo

“Desta vez, a proposta é de um modelo híbrido de treinamento com três módulos disponibilizados na Plataforma Educacional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES. Além dos conteúdos das videoaulas, disponibilizamos, também, material complementar, avaliação modular dos conteúdos e certificado ao final das três etapas que possibilita aos participantes acesso ao quarto e último módulo, simulado presencial, proposto por orientação do CBM – MG”, relata a Coordenadora de Inovação e Conhecimento, Tércia Almeida.

O módulo presencial será acompanhado pela Coordenadoria de Formação Profissional Rural, que seguirá as normas estabelecidas pelo SENAR para formação e condução das turmas.

As gravações foram feitas durante três dias no auditório da FAZU – Faculdades Associadas de Uberaba e acompanhadas pelo gerente regional de Uberaba, Caio Oliveira. “Aqui na região temos muitas usinas e poucos treinamentos que abordam esse assunto de extrema relevância. Com certeza é uma ação que reforça muito o relacionamento com diversos dos nossos parceiros e clientes, pois estes materiais serão veiculados e distribuídos para diversas usinas e sindicatos da região”, pondera.

O tenente coronel Anderson Passos, do 8º Batalhão de Bombeiros Militar em Uberaba, conta que os militares realizam os treinamentos sobre incêndios de forma presencial, mas nesse modelo em vídeo, é a primeira vez – e que foi uma oportunidade muito importante. “A pandemia limitou bastante os nossos treinamentos, então estamos inovando e disponibilizando alguns conteúdos no formato digital e assim continuar capacitar e difundir a informação”, comenta o militar. “Vale lembrar que as videoaulas estão sendo produzidas em parceria com a Siamig e Sistema FAEMG/SENAR/INAES e esse projeto piloto tem potencial para se expandir para outras áreas também, não apenas o Triângulo Mineiro. O resultado final é reduzir os incêndios através da prevenção e reduzir os danos ambientais decorrentes do combate mais efetivo”, afirma.

Segundo Mário Ferreira Campos Filho, esse ano a entidade decidiu organizar sua linha de atuação em dois eixos: “o primeiro é o treinamento, e nada melhor que chamar o Corpo de Bombeiros para ser parceiro. E, para criar o treinamento, chamamos o SENAR, pois ninguém melhor para entender como transformar conhecimento em treinamento. O segundo eixo é a conscientização do público – estamos, junto com outros parceiros, em uma campanha para que as pessoas possam evitar nesse momento qualquer ato relacionado a fogo, além de incentivar a denúncia de atos criminosos”, explica o gestor, que se declara “um fã” do trabalho da entidade. “Temos muitos municípios e uma diversidade enorme de municípios, culturas e empresários agrícolas. Conseguir fazer com que todas essas culturas gerem conhecimento é um desafio muito grande e acho o trabalho do Sistema FAEMG louvável nesse sentido”.

Primeiro de vários

O superintendente Christiano Nascif acredita que o modelo inédito desse treinamento mostra o Sistema FAEMG/SENAR/INAES fazendo algo diferente, inovador, uma resposta rápida a demanda de um cliente, mas que vai servir para o estado todo. “Parcerias como essas são fundamentais e vão ditar o tom daqui para frente, são importantes para aumentar a eficiência com redução de custos”, diz, sobre o formato EaD.

“Essa iniciativa já demonstra que será exemplo para outras empresas, como as do café, do leite, de grãos, de silvicultura – esta última outra grande cadeia que também sofre com o problema dos incêndios”, aponta Christiano Nascif. “Essa é a proposta: novas parcerias e ir ao encontro das cadeias que são nossos clientes para poder atender de forma mais pontual, mais assertiva. Ao invés de atendermos somente a demanda, sermos mais proativos e menos reativos – é o que nossos principais clientes esperam do Sistema FAEMG/SENAR/INAES”, conclui.

Para a coordenadora de Inovação e Conhecimento do Sistema FAEMG/SENAR/INAES, Tércia Almeida, “sem dúvida nenhuma, estamos dando mais um passo muito importante para consolidação desse formato educacional, possibilitado por meio do treinamento corporativo em EaD, desenvolvido pela CIC na Plataforma Educacional, que nosso público e parceiros tenham acesso a informação, conhecimento e inovação”. Ela reforça que em virtude do impedimento dos encontros presenciais, foi o treinamento à distância que possibilitou a formação de turmas e o atendimento às empresas do segmento sucroenergético.