Pesquisas do IAC buscam criar cana transgênica resistente à seca e outra voltada à produção de etanol celulósico
24-08-2017

A pesquisa com transgenia do IAC se encontra em processo de laboratório, os testes de campo deverão começar dentro de dois anos

Ainda nos primeiros anos em que trabalhava na sede do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a pesquisadora Silvana Creste foi responsável por redigir um projeto que abordava a tolerância da cana-de-açúcar ao estresse hídrico. Submetido a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), a proposta não foi aceita. Porém, após ser transferida para o Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto, SP, ela decidiu reenviar esse mesmo projeto, só que desta vez ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que acabou por aprová-lo.

Na época, mal sabia ela que aquele projeto seria o início de uma série de estudos que culminariam nas pesquisas com cana transgênica, um dos principais trabalhos do laboratório de biotecnologia do IAC, atualmente.

Atual vice-diretora do Centro de Cana do IAC e responsável pelas pesquisas com cana transgênica, Silvana Creste explica que o Instituto é pioneiro em produção de cana-de-açúcar no Cerrado, sendo que o projeto citado anteriormente tinha como desafio solucionar os problemas com a seca naquela região e entender porque existem variedades que têm mais resistência ao déficit hídrico e outras não. “Em cima disso, acabamos criando uma linha de pesquisa em que foram identificados uma série de genes que estão envolvidos com performance na seca.”

Hoje, o IAC já possui vários genes candidatos que estão sendo colocados em cana, sendo que os resultados iniciais mostram uma melhor performance quando a planta é desafiada por estresse hídrico.

“Além disso, trabalhamos na identificação de genes para produção de uma cana transgênica voltada à produção de etanol celulósico. Essas plantas deverão contar com melhor sacarificação na indústria, pois, ao modificarmos a composição da fibra, ela será mais facilmente degradada.”Atualmente, as pesquisas se encontram em processo de laboratório, sendo que os testes de campo deverão começar dentro de dois anos.
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