Planejamento e medidas adequadas aprimoram plantio na Tecnocana
05-12-2017

A idade da muda também é muito importante. É preciso plantar muda e não cana

Renato Anselmi

O aprimoramento do plantio mecanizado de cana-de-açúcar tem exigido a mobilização de integrantes da cadeia produtiva sucroenergética, como produtores de cana, usinas e fabricantes de máquinas, visando a superação de gargalos que afetam essa operação agrícola.

A escolha de variedades conforme o ambiente de produção, o preparo adequado do solo e a qualidade da muda são alguns fatores considerados essenciais para que o plantio mecanizado seja bem-sucedido, de acordo com Paulo Roberto Artioli, diretor da Tecnocana, de Macatuba, SP, que fornece matéria-prima exclusivamente para o Grupo Zilor.

Apesar de serem considerados básicos, esses e outros procedimentos foram deixados de lado no recente período de expansão do setor – observa Beto Artioli, como é mais conhecido. “Houve o plantio de cana de segundo e terceiro cortes, sem sanidade, com Sphenophoruslevis. A idade da muda também é muito importante. É preciso plantar muda e não cana. Deixamos de focar a qualidade”, comenta.

O diretor da Tecnocana alerta sobre a importância da adoção de alguns cuidados durante a colheita da muda. “A colhedora deve ter um kit protetor emborrachado, para que haja o menor atrito mecânico possível para que não ocorram danos à gema. Essa máquina deve cortar os toletes no tamanho certo”, diz.

Segundo ele, com o plantio da cana não queimada, há necessidade de se trabalhar com nematicidas, inseticidas, fungicidas, de maneira criteriosa, para que sejam minimizados problemas com pragas e doenças. “Um dos grandes segredos do plantio mecanizado é a utilização desses produtos”, ressalta.

Para a obtenção de resultados positivos, é preciso fazer o planejamento criterioso do talhão, considerando tipo do solo, clima, escolha da variedade (precoce, semiprecoce ou tardia) conforme a época de colheita, entre outros aspectos – afirma.

Existe a necessidade de estar atento a todos os detalhes para o bom desenvolvimento do canavial, principalmente se levar em conta que a cultura é semiperene, com um ciclo para o mínimo de cinco anos, enfatiza Beto Artioli que considera satisfatória a performance do plantio mecanizado na Tecnocana.
“Não há mais receita de bolo para cana”, constata. Na opinião dele, é preciso avaliar os fatores regionais para o planejamento e condução da cultura, inclusive para o plantio. No caso do espaçamento, o melhor que se adapta às condições das áreas da Tecnocana, que possui solos desfavoráveis (arenosos) é o de 0,90 m x 1,50 m (duplo alternado) – exemplifica. Esse espaçamento possibilita um melhor controle de tráfego e preserva a linha de cana – explica.
Cada caso é um caso. “Para solos argilosos, o 1,40 m x 1,50 m é o melhor espaçamento para se trabalhar” – diz.

Contando com uma área total de cana entre 12.500 a 13.000 hectares, dependendo do ano de contrato – na safra atual é de 12.700 hectares –, a Tecnocana costuma reformar entre 2.200 a 2.500 hectares, fazendo, nesta área, a rotação com soja e crotalaria.

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