Plínio Nastari, presidente da Datagro, assessora Marina Silva sobre o tema sucroenergético
01-09-2014

A Informação foi dada por Marina, durante sua visita à Fenasucro, em 28 de agosto. Na sexta-feira, aconteceu um jantar na casa do consultor reunindo Marina e empresários do agronegócio

Vista com desconfiança pelos empresários do agronegócio por sua defesa das causas ambientais e posição contrária ao Novo Código Florestal, a candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, jantou com representantes do setor na noite de sexta-feira numa tentativa de costurar seu apoio. Um dos principais alvos da investida peessebista é justamente o segmento tratado com maior desdém pelo governo Dilma: o sucroalcooleiro. O encontro foi organizado por João Paulo Capobianco, um dos coordenadores da campanha e nome de confiança de Marina, e pelo presidente da consultoria Datagro, Plínio Nastari.

O jantar, realizado na casa de Nastari, em Alphaville, justamente na noite em que Marina foi apontada pela pesquisa Datafolha como vitoriosa num eventual segundo turno contra Dilma, durou mais de quatro horas e contou com a presença de cinquenta empresários. Entre os presentes estavam a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única), Elizabeth Farina; o diretor executivo da BR Foods e ex-presidente da Única, Marcos Jank; o vice-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Francisco Matturo; além de nomes da Sociedade Rural Brasileira (SRB), da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) e da Cutrale, empresa exportadora de suco de laranja.

A avaliação dos participantes ouvidos pelo site de VEJA é de que Marina passou uma mensagem de confiança aos empresários. Um dos presentes no jantar, que preferiu não ter seu nome revelado, disse que Marina, quem diria, se mostrou "extremamente aberta" para ouvir as demandas do setor e que foi bastante coerente em sua fala. Segundo ele, Marina destacou a importância do diálogo e reforçou que, em um eventual governo, não tomará nenhuma decisão sozinha. "Marina está passando as mãos nas costas do setor, sim, pois sabe que o agronegócio tem suas resistências contra ela", afirmou. Sobre o Código Florestal, ele disse que Marina não se estendeu muito, justamente para não levantar pontos de discussão que pudessem criar atrito e desconforto no evento.