Por que as apostas são tão altas para o IPO da Raízen?
23-07-2021

O mercado de IPOs está extremamente aquecido. Só neste ano já foram realizadas 29 aberturas de capital na bolsa brasileira, a B3. E um dos IPOs que tem chamado bastante atenção dos investidores é o da Raízen, joint venture entre a brasileira Cosan e a anglo-holandesa Shell, atuante nos setores de produção de combustíveis e energia.

A Raízen se prepara para estrear na B3 com um valuation ambicioso: entre R$ 60 bilhões a R$ 100 bilhões, com expectativa de que se consolide na faixa entre R$ 70 bilhões a R$ 90 bilhões. Se concretizado, esse pode representar um dos maiores IPOs da B3.

Nesta quarta (21), a companhia abriu o período de reservas de ações, buscando emplacar, inicialmente, uma oferta de 810 milhões, estipulando uma faixa indicativa de preço entre R$ 7,40 e R$ 9,60. Considerando a faixa média de preço, de R$ 8,50, a oferta base deve movimentar algo em torno de R$ 6,89 bilhões para o caixa.

A Raízen é a maior empresa de etanol de cana-de-açúcar no mundo e opera a segunda maior rede de distribuição de combustíveis no País. A companhia está posicionada entre as cinco maiores do Brasil em termos de receita, totalizando uma receita operacional líquida de R$ 114,6 bilhões no exercício encerrado em 31 de março de 2021. Nesse mesmo período, o lucro bruto foi de R$ 1,5 bilhão com um EBITDA de R$ 6,6 bilhões.

Além do tamanho e robustez da Raízen, a sua boa reputação no mercado e a ausência de empresas similares na Bolsa são alguns dos fatores que tornam a empresa atrativa para o mercado.

Case de futuro?

Segundo os analistas ouvidos pelo E-Investidor, as apostas dos investidores miram para um dado mais subjetivo: o futuro.

Fonte: Estadão