Potencial de produção de biomassa para energia em Goiás é debatida em reunião virtual
03-09-2020

Cana-de-açúcar é uma das diversas fontes de biomassa. Foto: Goreti Braga
Cana-de-açúcar é uma das diversas fontes de biomassa. Foto: Goreti Braga

O pesquisador José Dilcio Rocha, da Embrapa Territorial, foi um dos convidados do Webinar “Biomassa em Goiás – Potencial de produção e desenvolvimento da cadeia de valor”, promovido pelo Fórum Permanente de Assuntos Relacionados ao Setor Energético. A abertura da reunião virtual, ocorrida no dia 28 de agosto, foi feita pelo deputado estadual Virmondes Cruvinel (Cidadania), presidente da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Goiás. 

Goiás, de acordo com estudo da Consultoria Tendência, apresentado pelo pesquisador, será um dos cinco estados brasileiros que conseguirão, em 2021, superar o PIB pré-pandemia. Os outros são Mato Grosso do Sul, Pará, Mato Grosso e Rio de Janeiro. Em relação ao potencial energético do estado, Dilcio destacou a sua grande diversidade de fontes. 

Para ilustrar as cadeias produtivas, Dilcio mostrou um quadro com as principais fontes de biomassa: florestas energéticas, óleos vegetais, cana-de-açúcar e resíduos. Ele enfatizou o crescimento do aproveitamento de resíduos urbanos. “Em todas as cidades, seja ela, pequena, média ou grande, têm muitos resíduos, que podem e devem ir para geração de bens e de energia. Muitos países fazem a reciclagem térmica. O Brasil também vai fazer isso”, afirmou, ao considerar a necessidade de execução da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Em sua palestra, o pesquisador ainda apresentou o panorama dos processos das cadeias de transformação da biomassa, as tendências na área de biocombustível e fontes de bioenergia em alta. Entre elas, etanol de milho, eletrificação de transportes, biogás e bioquerosene.

Palestrantes

Mais três especialistas participaram do debate. Ubiratan Castellano, consultor do Campus Sustentável da Unicamp, abordou o desenvolvimento do setor energético no longo prazo, tendo como base o Plano Energético – PNE 2050.

Andrea Faria, do Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas Empresas (Sebrae), falou sobre a rota tecnológica escolhida para atuação da instituição, o biogás, e a participação dos pequenos negócios dentro da cadeia produtiva.

Marduk Duarte, presidente do Conselho Temático do Agronegócio da Federação de Agricultura do Estado de Goiás (Faeg) comentou sobre o potencial de desenvolvimento da bioenergia e os projetos estratégicos para Goiás.

A gravação do evento está disponível no canal do Sistema Fieg no youtube,. Clique para assistir.

Liliane Castelões (MTb 42.643/SP)
Embrapa Territorial