Potencial técnico da biomassa da cana pode alcançar quase duas usinas do porte de Itaipu até 2024
05-02-2016

A Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) divulgou ontem (4 de fevereiro) que, em pouco menos de um ano, 51 usinas geradoras de energia elétrica limpa e renovável a partir da biomassa da cana-de-açúcar já receberam o Selo Energia Verde, emitido pelo Programa de Certificação de Bioeletricidade. 

Ao longo de 2016, as unidades detentoras desta certificação estimam que produzirão para o Sistema Interligado Nacional (SIN) aproximadamente 10 TWh, equivalente a 11,4% da geração total da usina de Itaipu em 2015.
O gerente em Bioeletricidade da entidade, Zilmar José de Souza, ressalta que o potencial técnico da biomassa da cana pode ir além disso e alcançar quase duas usinas do porte de Itaipu, com geração de 165 TWh até 2024.
“Este projeto de certificação contribuirá para divulgarmos cada vez mais as externalidades positivas desta fonte, que além de trazer segurança energética para o Brasil, evita a emissão de CO2. Em 2015, a energia elétrica produzida pela palha e bagaço da cana para a rede elétrica, em geral, significou evitar a emissão de 10 milhões de toneladas de CO2, quase 15% de toda a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) pelo SIN em 2014”, observa Souza.
O Selo Energia Verde foi uma iniciativa pioneira, em janeiro de 2015, da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) em cooperação com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e apoio da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL).
Focado estritamente na geração sucroenergética, o Selo contempla usinas que exportam eletricidade para o SIN e também as que produzem apenas para o autoconsumo, desde que cumpram as diretrizes do Programa de Bioeletricidade.
Em dezembro de 2015, o Programa de Certificação de Bioeletricidade ampliou a concessão do Selo Energia Verde a consumidores que adquirirem, no Ambiente de Contratação Livre (ACL), energia elétrica de qualquer uma das mais de 60 empresas filiadas à ABRACELL, que representam 98% da energia transacionada pelas comercializadoras no Brasil. Segundo Zilmar de Souza, o objetivo desta medida é dar oportunidade para o consumidor demonstrar sua responsabilidade socioambiental e, consequentemente, preocupação com a sustentabilidade da matriz elétrica brasileira, cuja participação da biomassa da cana atualmente é de 7,5%, em termos de potência instalada. “Além do mais o Selo é fornecido sem custo financeiro, um ponto importante no momento econômico das empresas”, complementa o especialista da UNICA.


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