Pré-candidatos à Presidência recebem avaliação sobre conjuntura do setor
30-05-2014

Um documento de sete páginas elaborado por especialistas ligados a diversas áreas da cadeia produtiva da cana-de-açúcar foi enviado hoje às equipes de campanha dos três principais pré-candidatos à Presidência da República nas eleições deste ano. O documento foi elaborado para o Projeto AGORA e enviado às equipes de Aécio Neves, Dilma Rousseff e Eduardo Campos, que vêm discutindo com o AGORA a participação dos pré-candidatos na Cerimônia de Entrega do 5º Prêmio TOP Etanol, marcada para segunda-feira, 02/06, no Grand Hyatt Hotel em São Paulo.

“O documento utiliza dados atualizados sobre o setor sucroenergético nacional para mostrar a importância da indústria para a economia nacional, a balança comercial e a geração de empregos, concluindo com a visão do setor sobre como deixar para trás a crise sem precedentes dos últimos anos”, explica Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), uma das 18 empresas e entidades parceiras do Projeto AGORA. O mesmo formato foi adotado em 2010, na primeira edição do TOP Etanol, quando os então candidatos Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva discursaram durante a cerimônia de entrega, após receber um documento similar elaborado pelo setor.

A expectativa dos integrantes do Projeto AGORA é que o documento sirva como subsídio para que os pré-candidatos desenvolvam os discursos que farão durante a Cerimônia de Entrega do 5º Prêmio TOP Etanol. Cada candidato terá 20 minutos para apresentar suas propostas e prioridades para o setor sucroenergético, caso vença a eleição presidencial deste ano. O documento inclui sugestões desenvolvidas, segundo o Projeto AGORA, “para evitar que o setor sucroenergético sofra um desmonte”.

Intitulado “Uma Solução para o Etanol Brasileiro”, o texto traz diversos destaques e dados recém-atualizados, como o elevado número de usinas que fecharam ou entraram com o pedido de recuperação judicial nos últimos anos em todo o Brasil, as altas dívidas líquidas das empresas, a queda no faturamento das empresas do setor, o crescimento do desemprego e a ausência de políticas públicas para enfrentar a conjuntura que vem impactando negativamente o setor desde 2009.

Também são sugeridas ações que possam ajudar na reversão desse cenário, como a adoção de políticas consistentes, estáveis e de longo prazo, que valorizem uma matriz energética diversificada e de baixo carbono, reconhecendo as contribuições ambientais do etanol e da bioeletricidade.