Preço em reais pode limitar voos mais altos
30-11-2015

A semana foi encurtada em razão do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Ainda assim, o mercado de açúcar em NY fechou a semana em queda média de 8 dólares por tonelada ao longo dos meses de vencimento de março de 2016 até março de 2017. O pregão de sexta encerrou com o primeiro vencimento cotado a 14.97 centavos de dólar por libra-peso após ter quase encostado nos 15.80 centavos de dólar por libra-peso. Pelo fechamento de sexta em NY e a cotação do dólar do Banco Central, a sexta fechou a R$ 1312 por tonelada equivalente. Esse deve ser um limitador para voos mais altos.
Mais e mais usinas, principalmente aquelas que possuem estrutura financeira e operacional, estão fixando vendas de exportação de açúcar para 2017/2018. Explica-se: o real obtido via estruturas de NDF (contratos a termo de dólar com ajuste financeiro no vencimento) combinadas com a fixação de contratos de açúcar na bolsa de futuros em NY ao longo da curva que representa a safra 2017/2018 (maio de 2017 até março de 2018), dependendo da negociação, pode representar mais de R$ 1.500 por tonelada, preço altamente remunerador.
Se trabalharmos com um cenário de recuperação da credibilidade do Brasil no mercado internacional e o dólar em relação ao real despencar para – digamos – 3.3500, o açúcar em NY vai precisar negociar a 19.52 centavos de dólar por libra-peso para que sejam obtidos os mesmos R$ 1.500 por tonelada. Se o dólar, por sua vez chegar a 4.0000 naquele período (consideramos aqui o vencimento médio da safra), então NY vai precisar estar em 16.35 centavos de dólar por libra-peso. Em ambas situações, NY vai precisar subir mais de 500 pontos, na primeira, e perto de 200 pontos na segunda. As usinas podem fixar os valores mencionados e – se ainda houver algum resquício de preocupação – podem sempre comprar uma call (opção de compra) no preço de exercício que representa o ponto de equilíbrio dos valores em reais assumindo as assunções feitas acima. É uma excelente oportunidade de melhorar o resultado da empresa.
O preço médio do litro da gasolina no mercado internacional caiu para US$ 1.01 por litro. O valor justo do litro da gasolina A (pura, sem anidro) é de 3.8612 por litro. Para que a paridade seja mantida, dando competitividade ao etanol hidratado, o preço máximo deste é de 2.4200 na bomba. Se passar disso, reduz a competitividade, sinaliza uma diminuição do consumo do combustível, sinalizando ao mercado que mais cana será destinada a produção de açúcar.
O mercado tem trabalhado com números muito dispares no consumo de combustíveis apontando queda de consumo que não é verdadeira, pelo menos não por enquanto. Veja bem, até o mês de outubro, o total acumulado de doze meses de consumo de combustível Ciclo Otto, compreendendo o período de novembro de 2014 até outubro de 2015, somou 59.1 bilhões de litros. Esse número é 4.02% acima do mesmo anterior. Se compararmos o consumo de gasolina equivalente, no mesmo período, 53.9 bilhões de litros nos doze meses acumulados até outubro, que representa um aumento de 1.67% em relação a outubro do ano passado. Portanto, o consumo ainda não caiu. Mas, deverá cair.
O incremento de consumo de um período em relação ao anterior (doze meses) tem caído bastante, mas ainda é positivo. Nos últimos doze meses houve um incremento de consumo, Ciclo Otto, de 2.28 bilhões de litros. A participação do etanol no consumo é 47.9% enquanto a gasolina fica com 52.1%. Essa é a maior participação percentual do etanol no mix de consumo desde maio/2011.
Um executivo do setor comentava numa roda de amigos de um paradoxo do mercado observado por ele. As usinas com menor (ou nenhuma) condição financeira, cujo crédito com as tradings as impossibilitava de fazer hedge com muito tempo de antecedência ao embarque, estão agora usufruindo de melhores preços visto que o mercado melhorou substancialmente de dois meses para cá, em reais por tonelada. Ele, cuja empresa tem uma situação solida, conseguiu preços obviamente inferiores. Paradoxos da vida.
E os fundos, hein? Não acredito que liquidem suas posições vencedoras antes do final do ano. O spread março/maio continua firme e dificilmente assistimos os fundos liquidarem posição compradas num mercado invertido cujo spread, por exemplo, continua se apreciando. A conferir.
O Brasil de Lula, da organização criminosa travestida de partido político chamada PT e do governo mais medíocre da história do Brasil comandado arrogantemente pelo poste chamado Dilma Rousseff transformaram a República Federativa do Brasil no esgoto a céu aberto mais fétido do planeta. O canalhismo, o escárnio, o descaramento com os quais esses corruptos infames tratam o país não encontram paralelo na história contemporânea universal. Quebraram o país, quebraram a Petrobrás e continuam quebrando e destruindo tudo que lhes passa pela frente. Lula e o PT são a versão tupiniquim do Estado Islâmico. Agem como homens-bombas que diariamente explodem a dignidade dos cidadãos de bem deste país, metralham a ética com a relação promiscua que mantem com empresários bilionários, destroem reputações nivelando a todos por sua própria régua da canalhice e perseveram no objetivo abominável de assassinar as instituições democráticas brasileiras todos os dias. Até quando o Brasil resiste?
Arnaldo Luiz Corrêa é diretor da Archer Consulting