Preços do açúcar reagem em todos os vencimentos nas bolsas internacionais
25-07-2014

Os preços do açúcar reagiram em todos os vencimentos nas bolsas internacionais nesta quinta-feira (24), influenciados pelos números do balanço de safra da região Centro-Sul do Brasil, principal produtora de açúcar do país, apresentados ontem pela Unica - União da Indústria de Cana-de-açúcar.

Em Nova York, todas as telas, nos vencimentos: outubro/14, março, maio, julho e outubro/15 e março/16 apresentaram valorização no comparativo com a véspera. A maior alta ficou com os vencimentos julho e outubro de 2015, que tiveram cada um 15 pontos de valorização. No vencimento outubro/14, o açúcar foi comercializado a 17,05 centavos de dólar por libra-peso, alta de 9 pontos no comparativo com a véspera.

A bolsa de Londres também apresentou valorização, com contratos firmados, no vencimento outubro/14, em US$ 447,60 a tonelada, alta de 40 centavos de dólar no comparativo com os preços praticados na quarta-feira.

O mercado interno seguiu rota contrária das bolsas internacionais e fechou em baixa. Segundo os índices do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), da USP, as usinas paulistas negociaram o açúcar cristal ontem a R$ 46,50 a saca de 50 quilos, baixa de 0,11% no comparativo com a véspera.

Quebra de safra

Ontem a Consultoria Datagro revisou para baixo as projeções de moagem de cana-de-açúcar para a safra 2014/15. A redução, no comparativo com as projeções anteriores, foi 5,6% menor, com expectativa de processamento de 560,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. O motivo da baixa, segundo a Datagro, foi a forte estiagem que atingiu a região Centro-Sul do país no final do ano passado e início deste ano, persistindo até meados de julho em algumas áreas.

O CTC - Centro de Tecnologia Canavieira também revisou para baixo as estimativas de moagem de cana-de-açúcar no Brasil. Segundo a nova estimativa, a quebra de safra este ano deve ficar em 6,1%.

Etanol

Os preços do etanol hidratado voltaram a subir depois de cinco quedas seguidas no mercado paulista, conforme apurou a Esalq/BVMF. O metro cúbico do biocombustível foi comercializado ontem a R$ 1.145,00, alta de 0,97% no comparativo com a véspera.

Rogério Mian