Presidenciáveis apresentam propostas para o agronegócio na Abag
05-08-2014

O setor do agronegócio conheceu nesta segunda-feira, 04, as propostas para o setor dos três principais candidatos à Presidência da República durante seminário da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), realizado em São Paulo.

O candidato do PSDB, Aécio Neves, foi o primeiro a expor seu programa. Em vídeo exibido no evento, ele disse que buscará fortalecer o Ministério da Agricultura, estreitando os laços deste com a Fazenda e com a área orçamentária. A pasta ´será comandada por gente do setor´, prometeu. O tucano disse que fará uma reforma tributária, de modo a ´deflagrar uma guerra´ ao Custo Brasil. Depois de defender segurança jurídica para quem produz, se comprometeu a aprovar uma nova lei do cooperativismo. Por fim, disse que acordos comerciais estão na ´agenda prioritária´ de seu governo. ´Já perdemos muitas oportunidades´, complementou.

As propostas de Eduardo Campos, candidato do PSB, foram apresentadas pelo coordenador do plano de governo, deputado federal Maurício Rands (PSB-PE). Ele citou a necessidade de o Brasil ´acelerar seu protagonismo´ no agronegócio e disse que o País precisa ´romper os limites´ atuais no Mercosul. ´Quem disse que o Brasil tem que ficar preso ao ritmo do Mercosul? Temos que incentivar o desenvolvimento do bloco, mas permitir que possamos celebrar acordos com outros blocos regionais com velocidades distintas´, afirmou. Rands destacou o alto custo do transporte e disse que a proposta é fazer uma melhor gestão na infraestrutura. ´Vamos instaurar outro padrão de gestão, uma gestão comprometida com foco em resultados.´ Assim como o candidato tucano, Rands reforçou que é preciso reduzir o número de ministérios e garantir mais segurança jurídica ao setor. Ao apresentar as propostas de Campos, que tem a ex-ministra do Meio Ambiente no governo Lula Marina Silva como vice, disse que se trata de candidatura ´aberta ao diálogo´. ´Eduardo e Marina, pela trajetória pessoal de cada um, despertam preocupações de alguns setores, que muitas vezes estão preocupados com o que aconteceu no passado´, afirmou. ´Essa junção de duas correntes vai propiciar à sociedade e ao agronegócio uma condição especial para a facilitação do dialogo´, afirmou.

A presidente Dilma Rousseff e candidata à reeleição foi representada por seu vice, Michel Temer (PSDB), que disse que prestaria contas das ações já realizadas pelo governo. ´Quero fazer uma espécie de relatório, e o primeiro exemplo vem do tempo do presidente Lula, já que o governo Dilma é uma continuidade. Ao longo do tempo, o governo sempre esteve voltado para o crescimento do agronegócio, que é uma parte substancial do PIB´, disse. Entre as realizações do governo para o setor, Temer disse que, no período, a segurança jurídica foi conquistada e que uma comissão para se discutir o Código Florestal foi criada. ´Incrementamos ainda mais a vertente do agronegócio´, disse, acrescentando que o volume de recursos destinado ao setor aumentou desde o início da gestão. ´Sabemos o quanto o agronegócio é importante para a economia interna e para a economia internacional do País´, declarou.