Presidente da Asplana destaca que safra 19/20 teve resultado positivo
20-05-2020

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Com 17 milhões de toneladas de cana processadas, o presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Estado de Alagoas – Asplana, Edgar Filho, declarou que a safra 19/20 foi uma moagem de recuperação, tendo um crescimento de 3% ante ao ciclo anterior.

 Fonte: Assessoria

“Alagoas vem se recuperando ao longo dos últimos três anos após chegarmos ao pior patamar da nossa história com 13 milhões de toneladas de cana processadas. Evoluímos para pouco mais de 16 milhões e hoje chegamos aos 17 milhões de toneladas de cana processadas”, afirmou ele.

Para o presidente da entidade de classe, que representa quase sete mil fornecedores de cana alagoanos, apesar do resultado de crescimento, a moagem final da cana foi abaixo do esperado. “A expectativa era de uma safra de 18 milhões de toneladas de cana. Mas, como um houve um veranico no em setembro e como tivemos um verão também um pouco forte isso atrapalhou alcançar a meta de 18 milhões de toneladas de cana processadas”, declarou.

Segundo Edgar Filho, o próximo ciclo da cana em Alagoas deve contar com uma moagem maior em comparação a que foi encerrada em função dos investimentos que foram realizados ano passado, a exemplo do plantio, e da questão climática favorável. “Acreditamos que possamos, no mínimo, repetir os números desse ciclo. Mas, ainda é muito cedo para se ter tal confirmação de forma exata”, salientou.

De acordo com o dirigente do setor sucroenergético, em termos de mercado, a entidade observa o movimento com preocupação já que os preços dos subprodutos da cana estão em baixa. “O etanol perdeu competitividade diante da queda do preço do petróleo que desabou no mundo pela redução do consumo. O preço do açúcar tem caído muito também.

O centro/sul está produzindo e executando a safra de cana agora com um prejuízo enorme. Nós temos a esperança que isso se reverta. Afinal, os mercados estão começando a reabrir. Isso nos dá esperança para que até setembro, quando tem início a safra em Alagoas, o açúcar e o etanol possam reagir. Se isso não ocorrer, vamos ter uma safra com um prejuízo financeiro muito grande. Estamos em um período de insegurança em termos de mercado”, reforçou.

Jornal de Alagoas