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Produtor alagoano aposta no replantio com "toletão" para ressuscitar áreas

Além de focar na alta produção, o produtor rural Vinícius Cansanção Neto, de Teotônio Vilela/AL, busca também a longevidade de suas áreas, diminuindo assim os gastos com plantio, operação mais cara da agroindústria canavieira. Nos últimos quatro anos, a média de renovação na propriedade figurou na casa dos 8%.

Com áreas que alcançam de nove a 14 cortes, o produtor explica que conduz um intenso trabalho junto aos canaviais para alcançar tamanha excelência. Entre seus segredos, destacam-se o uso de nematicidas biológicos, a aplicação de fungicidas foliares e micronutrientes, calcário e gesso em área total e controle pesado de pragas, entre elas a broca-da-cana e os cupins. “Mesmo com irrigação, a cana morreria sem todos esses cuidados, pois não teria raiz para buscar água em profundidade. Agora, com um sistema radicular robusto e bastante massa foliar, ela consegue se tornar até mais resistente a seca.”

O replantio também é outra operação constante na Fazenda Riacho do Meio, uma vez que apenas as áreas com mais de 20% de falhas vão para reforma. “Para o replantio, usamos ‘toletão’. Faço um sulco, enfio uma cana inteira manualmente e corto ela com duas gemas para dentro da terra em diagonal (45º).”

Após tantos esforços, o produtor conta que já viu canaviais de baixa produtividade serem praticamente “ressuscitados”. “Já peguei uma área de quinto corte que, após um intenso trabalho de tratos e replantio, entregou 14 TCH a mais no ano seguinte.”