Produtor foca em sustentabilidade com ATeG
14-10-2021

Produtor comemora sustentabilidade do negócio após ações pontuais na propriedade
Produtor comemora sustentabilidade do negócio após ações pontuais na propriedade

Sustentabilidade do empreendimento rural. Isso resume bem o que Antônio José Pena, da comunidade de Tejuco, em Brumadinho, buscava após encarar de frente os prejuízos trazidos pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão. Desde que iniciou o Programa SuperAção Brumadinho, a assistência técnica e gerencial vem servindo de grande aliada para que ele pudesse se reinventar e encontrar sentido na atividade leiteira. Após um ano no programa, a lucratividade já chega a 20%, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Atualmente, a propriedade conta com 16 vacas em lactação e três vacas secas. A produção diária chega a 160 litros de leite por dia, aproximadamente. Segundo o técnico de campo, Anderson Tenório de Meneses, a produção total é relativamente a mesma de quando ele iniciou o programa porque após avaliação técnica e econômica da atividade, foi necessário tomar algumas decisões, que fizeram toda a diferença nos resultados, como reformulação do rebanho e redução de quase 50% no número de animais, o que impactou profundamente nos custos operacionais da atividade.

“As ações foram pontuais e vejo o quanto conseguimos melhorar nos ganhos produtivos com as forrageiras, reduzindo os custos com concentrado, que era um dos maiores desafios na propriedade. Como novas estratégias para o rebanho e comida de qualidade disponível, já pensamos em aumentar as metas de produção do leite”, comemorou o produtor.

Cenário

Ao iniciar o ATeG, a realidade da propriedade era de um sistema extensivo, com área de 25 hectares e rebanho de 35 vacas, sendo 23 em lactação e 12 secas. Do total, 65% dos animais apresentavam eficiência produtiva na atividade leiteira, o que, conforme análise, o dado zootécnico estava bem abaixo do ideal (80%), para uma produção que girava em torno de 150 litros de leite por dia. Porém, 19 destes animais eram “emprestados”, e o Antônio José era responsável somente pelo cuidado e alimentação. Na negociação, ele poderia ficar com o leite que fosse produzido, em contrapartida, todos os bezerros gerados na propriedade pertenceriam ao parceiro, e entregues após o desmame.

Ações pontuais e o segredo do sucesso

Diante disso, todo o planejamento inicial teve foco na redução de custo com a alimentação dos animais cuja produtividade era baixa, por meio da formulação de uma nova dieta proteica, plantio de uma capineira e outra com Capiaçu, e remodelamento na forma de produção de silagem do milho.

Ao constatar o custo bastante elevado na alimentação, foram investidos dois hectares de milho e 1,5 hectares de cana-de-açúcar, ambos para silagem. Também foi feita a introdução de 0,5 hectare do capim-elefante BRS Capiaçu para avaliação do produtor sobre seus resultados, considerados bastante positivos. Para este próximo ano agrícola, a expectativa é de aumento da área plantada deste novo cultivo.

“O segredo do ATeG está na confiança entre técnico e produtor. Antônio acreditou na metodologia e conseguiu maximizar o potencial da atividade. A história mostra que a preocupação apenas com o aumento da produtividade nem sempre é o fator chave da lucratividade. Outro ponto a se pensar é que, até mesmo as pequenas mudanças ou ajustes, podem transformar a atividade, ao longo do tempo. Na  propriedade de Antônio José, por exemplo, as coisas são simples, contudo funcionais.”, completou o técnico.

Josiane Moreira

Assessoria de Comunicação / Imprensa
Escritório Regional de Sete Lagoas - ER06