Produtores de Piracicaba encontram no condomínio agrícola uma forma de permanecer na atividade
07-06-2018

Ao todo, o condomínio agrícola conta com mais de 100 trabalhadores rurais, que prestam serviços para os condôminos

Quando as famílias Mazzero e Grandis começaram a produzir cana-de-açúcar em Piracicaba, SP, lá no começo do século XX, a região era a maior produtora de cana do estado de São Paulo. Mas o solo mais fértil do nordeste paulista, fez com que a região de Ribeirão Preto assumisse o posto.

A liderança ribeirão-pretana ficou cada vez maior a partir da mecanização do corte, que exige áreas planas, condição mais restrita no relevo piracicabano, que em boa parte é formado por topografia acidentada. O aumento das áreas urbanas, a proibição da queima e a fuga da mão de obra, são outros motivos para o encolhimento da cultura canavieira na região. Muitos já abandonaram o setor, mas não é o caso de Sandra Regina Mazzero Grandis.


Como a produção de cana está em seu sangue, Sandra começou a buscar alternativas para que pudesse continuar na atividade. Queria também desenvolver um trabalho diferenciado que viabilizasse a seus companheiros - pequenos produtores - se manter na lavoura canavieira, mesmo em uma região com tantas adversidades, como passou a ser a de Piracicaba. A saída foi a criação - juntamente com outros agricultores - de um condomínio agrícola.

Até os dias de hoje, o corte de cana na região é feito de forma manual – sem queima prévia - em função da topografia acidentada. O condomínio agrícola do qual Sandra participa tem a única e exclusiva função de congregar os trabalhadores rurais do corte da cana, diluindo os gastos com impostos e diminuindo a dor de cabeça.

“A burocracia de contar com funcionários é tamanha que eu perderia todo meu tempo atrás de uma pilha de papeis. Agora, tenho mais disponibilidade para tocar minha lavoura da melhor forma, pois, no condomínio, existem pessoas especificas para cuidar dessa questão, me livrando desse fardo.”

Ao todo, o condomínio agrícola conta com mais de 100 trabalhadores rurais, que prestam serviços para os condôminos que, por sua vez, pagam ao condomínio um valor pré-estipulado por tonelada de cana colhida. Condomínio este, inclusive, que é bastante profissionalizado. Além de advogados e contadores que cuidam das obrigações trabalhistas, existem ainda refeitórios e alojamentos para os trabalhadores do corte da cana. “Imagina eu ter que tocar tudo isso sozinha. Ficaria inviável permanecer na atividade.”

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