Programa ideal de incentivo deve contemplar etanol de 2ª geração, bioeletricidade e diesel de cana
14-12-2016

Em sintonia com o setor sucroenergético, o governo brasileiro está costurando um programa de incentivo ao etanol, o RenovaBio 2030. Para Suzana Kahn, professora de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro), a iniciativa deveria contemplar o uso energético de toda a cana-de-açúcar, produzindo mais energia sem necessidade de aumento de área plantada. “Seria o que se chama de etanol de segunda geração /celulósico, além do aumento do uso do bagaço de cana para geração de energia elétrica”, diz a professora, que acrescenta: “não faz sentido usar combustível fóssil para gerar eletricidade e desperdiçar o bagaço”.

Outro incentivo importante que este programa poderia trazer seria a produção de diesel de cana, uma vez que o maior gargalo em termos de alternativas energéticas para o Brasil está na substituição de diesel.


“Cada vez mais se tem restrições ao uso de combustíveis fósseis, seja por conta de poluição local, seja por conta do aquecimento global. O recém assinado Acordo de Paris explicita a necessidade de uso de fontes alternativas de energia. O Brasil já liderou um programa de álcool combustível e teria condições de liderar novamente, caso avance tecnologicamente”, afirma Suzana.


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