Redução de etanol na gasolina não diminuirá preço, e sim empregos. Além de provocar danos ambientais e à saúde da população
27-09-2021

Sem etanol, assim seria a poluição nos grandes centros urbanos brasileiros
Sem etanol, assim seria a poluição nos grandes centros urbanos brasileiros

O consumidor não terá vantagem econômica, mas a medida abalará o setor sucroenergético que gera 1 milhão de empregos direto, além de provocar danos ao meio ambiente e aumentar gastos com a saúde pública

Muitos esperaram que a venda direta de etanol pelas unidades sucroenergéticas iria reduzir o preço do combustível, não é o que acontece. Outra medida proposta pelo Presidente Jair Bolsonaro, que segundo ele derrubaria o preço da gasolina, é: reduzir a mistura de 27% para 18% (mínimo permitido pela legislação atual).

Mas especialistas informam que, se essa medida for tomada, o preço da gasolina na bomba diminuiria em apenas R$ 0,0100 por litro. Portanto, não é o percentual de mistura que determina o preço alto da gasolina, mas uma combinação do preço do petróleo no mercado internacional e da taxa de câmbio, sem contar – evidentemente – com as diferentes cargas tributárias dos produtos que a compõem

A medida irá sim, impactar um setor que gera 1 milhão de empregos diretos, além de provocar danos, inclusive nos veículos, pois o etanol aumenta o índice de octanagem da gasolina. Isso é bom porque a gasolina entra em combustão no momento certo e não, antes.

Outro lado positivo é que o etanol diminui a emissão de monóxido de carbono na atmosfera. Reduzindo a poluição. O que faz bem ao meio ambiente, mas também às pessoas, pois são menos acometidas por doenças pulmonares, aliviando custos com a saúde pública.

Então, a adição de etanol à gasolina não acontece apenas para fazer bem aos “usineiros”.

Fonte: CanaOnline