RIDESA trabalha em diferentes frentes para lançar variedades transgênicas
28-08-2017

Monalisa Carneiro está à frente das pesquisas com cana transgênica da UFSCar. Foto: Arquivo CanaOnline
Monalisa Carneiro está à frente das pesquisas com cana transgênica da UFSCar. Foto: Arquivo CanaOnline

A Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA), composta por 10 universidades federais, e que responde por 65% das variedades de cana cultivadas no Brasil, também desenvolve pesquisas sobre cana transgênica. Atualmente está em fase de pesquisa em duas universidades que compõe a Rede. Uma delas é a UFSCar, cujas pesquisas são de responsabilidade da pesquisadora Monalisa Sampaio Carneiro. Segundo ela, a instituição se encontra na prova de conceito de alguns genes associados com sacarose e estresse hídrico usando estratégias de biolística. “Essas características foram escolhidas em função de serem de maior interesse para o setor, embora sejam também aquelas de maior complexidade genética.”

Monalisa conta, ainda, que a UFSCar tem investigado, mediante colaboração, o uso de CRISPR em cana. Esta é uma nova ferramenta de edição de genoma que pode transformar esse campo da biologia, já que permite a modificação de genomas com uma precisão nunca antes atingida. “Além disso, estão sendo feitas adequações dos protocolos de cultura de tecidos para variedades recém lançadas pela RIDESA, ressaltando que esse passo é fundamental no processo de transgenia. No momento, essas pesquisas têm foco acadêmico.”

Outra universidade integrante da RIDESA que tem conduzido experimentos com cana transgênica é a Federal do Paraná (UFPR). O professor e pesquisador João Carlos Bespalhok Filho explica que a Instituição tem realizado pesquisas com transgênicos no âmbito acadêmico e em parceria com o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR). “Essas pesquisas tem como foco a cultura de tecidos em variedades e clones promissores, cujo principal objetivo é tentar aumentar a tolerância à estresses abióticos, principalmente à seca.”

Para ele, esses estresses promovem grandes prejuízos para o setor canavieiro, sendo que obter variedades com maior tolerância a eles é um dos principais objetivos da UFPR, tanto via melhoramento convencional, como via biotecnologia. “Atualmente, já foram obtidos, junto ao IAPAR, eventos com genes resistentes à seca. Essas plantas foram testadas em casa-de-vegetação e mostraram resultados promissores”, finaliza o pesquisador.

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