RIDESA UFSCar reuniu mais de 400 profissionais de SP e MS para discutir e compartilhar conhecimentos sobre variedades de cana
20-10-2016

Reuniões foram realizadas em usinas e associações espalhadas pelos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul

Ao longo dos últimos dois meses, a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA), por meio do Programa de Melhoramento Genético de Cana-de-açúcar (PMGCA) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizou uma série de encontros técnicos nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, com o intuito de promover discussões e compartilhar conhecimentos sobre variedades de cana-de-açúcar.

Ao todo, foram realizadas 11 reuniões nos meses de agosto e setembro que, juntas, reuniram mais de 400 pessoas, entre pesquisadores e profissionais do corpo técnico de usinas e associações conveniadas ao PMGCA/UFSCar. Os encontros aconteceram nas seguintes unidades: Usina São João, de Araras/SP; Usina Batatais, de Batatais/SP; Usina Santa Adélia, de Jaboticabal/SP; RAÍZEN Unidade Barra, de Barra Bonita/SP; Usina São José da Estiva, de Novo Horizonte/SP; COFCO Agri Unidade Meridiano, em Meridiano/SP; Usina Cocal, em Paraguaçu Paulista/SP; e ODEBRECHT Unidade Costa Rica, de Costa Rica/MS.

Já as associações que abrigaram os encontros foram a AFCOP (Associação dos Fornecedores de Cana da Região Oeste Paulista), a Socicana (Associação dos Fornecedores de Cana de Guariba) e a Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul).

Pesquisador do PMGCA/UFSCar, Roberto Chapola conta que, durante esses encontros, foram apresentados os resultados do Censo Varietal 2016 de ambos os estados, inclusive com informações regionalizadas. Além disso, discutiu-se o manejo das quatro variedades recém-liberadas pelo programa – RB975952, RB985476, RB975242 e RB975201. Também foram mostrados alguns dados experimentais de futuras liberações que vêm sendo trabalhadas pelo programa de melhoramento.

Entretanto, para Chapola, o ponto alto foram os debates entre os presentes, que aproveitaram as reuniões para apresentar suas intenções de plantio e compartilhar experiências sobre cada material. “O nível de envolvimento dos participantes foi bastante elevado, com muitos comentários sobre as variedades mais cultivadas em cada uma das regiões.”

Em alguns dos encontros, além da equipe de pesquisadores da UFSCar, participaram também o fitopatologista Marcelo de Menezes Cruz e o melhorista Antônio Rosário Sousa, ambos do PMGCA da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), instituição que desenvolveu a RB92579, variedade que já ocupa a terceira posição entre os materiais mais cultivados nos estados de SP e MS, segundo o Censo Varietal 2016.

Para o coordenador do PMGCA/UFSCar, Hermann Hoffmann, as reuniões foram muito compensadoras para todos os participantes. “Em poucas semanas, conseguimos atualizar uma grande parte dos produtores e usinas de SP e do MS quanto ao comportamento das variedades no setor canavieiro.”

Segundo ele, a sensação atual é a de dever cumprido, o que garante a realização de novos encontros para o ano que vem. “Já conversamos com diversas usinas e associações que se prontificaram a participar das reuniões a serem realizadas em 2017”, finaliza.


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