Riqueza que vira cinzas
20-08-2015

Os incêndios criminosos têm provocado grandes perdas no setor. O polo agroindustrial Ribeirão Preto da Biosev, composto por quatro usinas (Santa Elisa, Vale do Rosário, MB e Continental) sofreu com os incêndios atípicos de 2014. Reginaldo Sabanai, diretor de Saúde, Segurança, Meio Ambiente, e Competitividade da Biosev, conta que a seca afetou severamente as unidades do Polo, fazendo com que houvesse um índice elevado de queimadas que causou diversos prejuízos. 

Em 2014, os associados da Socicana também sofreram sérios prejuízos, segundo o superintendente da associação, José Guilherme Nogueira. “No ano passado mensuramos cerca de 54 focos de incêndio. Houve grandes perdas. Existe uma produtividade esperada daquele canavial que pegou fogo. E na maioria dos casos não estava na época da colheita daquela cana. Quando o fogo ocorre, acontece antes mesmo do ponto de maturação da cana. Isso prejudica, pois a cana poderia dar volume maior de toneladas, além da palha e bagaço que poderiam ser usados para cogeração. Assim, diretamente o produtor perde dinheiro no campo”, diz Nogueira. O fogo também impede que a palhada que fica no canavial nutra o solo e retenha a água da chuva. Em 2015, até meados de julho, a Socicana registrou três focos de incêndio.

Na Raízen, a biomassa é utilizada para a produção de bioeletricidade e etanol de segunda geração. “Não podemos permitir que incêndios fora de controle destruam uma fonte de riqueza como essa, que nos oferece tantos produtos. E isso vale tanto para a cana em pé como para a palha que fica no campo”, diz Fernando Lima diretor de produção agrícola da Raízen. Para ele, as perdas que se têm com estes incêndios devem ser apresentadas para a população por meio da campanha. Comprovando que a cana diz não ao fogo.
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