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Safra canavieira em Mato Grosso do Sul está 18% atrasada em relação ao mesmo período de 2019

Roberto Hollanda, presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul, Biosul, é o entrevistado da jornalista Luciana Paiva, da CanaOnline  

É comum a safra canavieira não parar em Mato Grosso do Sul, quase sempre alguma unidade entra o ano moendo avançado até fevereiro, março, quando outras iniciam a moagem.

Mas este ano foi diferente, tudo começou com as intempéries climáticas ocorridas em 2019, como seca e geada, que reduziram a oferta de cana, com isso, o setor sul-mato-grossense não teve fôlego para esticar a safra ou antecipar a moagem.

 E em março, quando se preparavam para a largada, teve inicio a pandemia do novo coronavírus e o isolamento social. “A saída de etanol das unidades caiu 55%, esse cenário freou o início de safra em Mato Grosso, que é um estado alcooleiro”, conta Roberto Hollanda em sua entrevista à Luciana Paiva.

A espera por uma certa estabilidade do mercado de etanol provocou atraso na safra canavieira em Mato Grosso do Sul, até a primeira quinzena de julho foram moídas 18% menos cana em relação ao mesmo período de 2019.

Com sua maioria de unidades produtoras construídas na última expansão canavieira, na qual os produtos valorizados eram energia e etanol, Mato Grosso do Sul se apresenta como o segundo maior produtor nominal de energia do país e seu mix é fortemente alcooleiro, na safra 2019/20, 88% da cana foi destinada à produção de etanol.

Neste ano, com o mercado mais atrativo para o açúcar, Mato Grosso do Sul reduziu o volume de cana para a produção de etanol, 73%, índice bem maior que outros estados da região Centro-Sul, que estão na média de 53% de cana para etanol. Confira entrevista completa com Roberto Hollanda