Safra da cana deve ter perda de 50% este ano por causa da seca, diz AMA
07-03-2017

Prefeitos e representantes da Asplana discutem efeitos da seca sobre produção da cana-de-açúcar em Alagoas (Foto: Ascom/AMA)
Prefeitos e representantes da Asplana discutem efeitos da seca sobre produção da cana-de-açúcar em Alagoas (Foto: Ascom/AMA)

A safra da cana-de-açúcar deste ano em Alagoas deve sofrer uma perda de 50% por causa da estiagem prolongada, segundo estimativa da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). Para discutir alternativas ao problema, que atinge 54 municípios no estado, prefeitos se reúnem nesta segunda-feira (6) com a direção da Associação dos Plantadores de Cana (Asplana).

“O setor já vem sofrendo ao longo dos anos com as perdas, a crise, e com a seca a situação ficou ainda pior. A perspectiva é a perda de 50% das safras ou mais”, disse o prefeito de Messias Jarbas Omena (PSDB), que é o representante da AMA no debate com relação à produção de cana.

De acordo com Omena, até o comércio local dos municípios que têm como base econômica a cultura da cana já está sofrendo prejuízos.

A proposta da Asplana é de, junto aos 54 municípios que fazem parte do setor canavieiro, façam frente junto à bancada federal para tentar resgatar o programa de subvenção da cana.

“Isso é importante para que eles possam recuperar áreas perdidas e voltar a ter uma perspectiva de cultivo e de plantio”, informou o representante da AMA.

O vice-presidente da Asplana, Roberto Inojosa, explicou que há seis anos a cultura da cana-de-açúcar tem enfrentado seguidas perdas por causa da estiagem.

“Estamos buscando do governo federal, através de nossos deputados e senadores, que haja uma sensibilidade com os nossos fornecedores de cana. Hoje o que estamos vendo são fornecedores com perdas de quase 100% de suas áreas”, falou.

Inojosa falou que atualmente 33% da economia de Alagoas depende da cultura da cana. “Se chover, pode melhorar porque nossos mananciais estão secos, mas não resolve totalmente”, disse.

Omena disse que durante a reunião, será feita uma carta aberta relatando a situação do estado para ser entregue à bancada federal em Brasília por intermédio do governador Renan Filho (PMDB).