Satélites dão maior rapidez e eficácia no combate aos incêndios
14-09-2020

 Caminhões pipas ficam posicionados estrategicamente
Caminhões pipas ficam posicionados estrategicamente

Para maior rapidez e eficiência na prevenção e combate aos incêndios no canavial, a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA), com três unidades no Triângulo Mineiro, implantou há cerca de três anos o monitoramento por satélite. A área coberta corresponde a 127 mil hectares (62 mil ha da usina Vale do Tijuco, 30 mil da Canápolis e 35 mil ha da Vale do Pontal). 

Caso ocorra algum foco de incêndio, a CMAA recebe os alertas através do SMS ou e-mail enviados pela empresa contratada de monitoramento. Os satélites propiciam a visualização das áreas até um quilômetro das fazendas do grupo, o que possibilita monitorar também áreas vizinhas e alertá-las quanto a algum foco de incêndios. Há possibilidade de verificar a direção do vento, além do histórico de focos ocorridos anteriormente e, de acordo com o clima e umidade, quais áreas estão susceptíveis a ter novos focos. 

Antes do monitoramento por satélite era mais difícil a empresa identificar onde o fogo se encontrava, se era em uma fazenda própria ou de vizinhos, então,  tinha que mobilizar um carro, um gestor, a fim de verificar onde ocorria o incêndio e se havia necessidade de acionar a brigada. Hoje, o sistema permite visualizar corretamente onde está o foco e já acionar o responsável pela brigada para combate ao fogo. “Conseguimos otimizar o pessoal e temos muito menos prejuízos do que antes, devido à tomada de atitude mais rápida e eficaz”, afirma o gerente de Planejamento Agrícola da CMAA, Robson Thiago Xavier. 

Segundo Robson Xavier, os prejuízos com os incêndios eram muitos nas unidades da CMAA antes do monitoramento por satélite. Às vezes, o incêndio acontecia numa cana tratada e a empresa tinha que refazer todos os procedimentos novamente. “O mais importante é que agora não precisamos mais procurar onde estão as ocorrências, sabemos exatamente onde está o fogo”, destaca. 

Outro benefício do sistema é que a usina pode demonstrar para a fiscalização que o fogo não foi originado na cana. “Muitas vezes, a fiscalização achava que o fogo se originava no canavial, apesar da colheita da cana na CMAA ser 100% mecanizada, sendo que a origem do incêndio era em pastagens de uma área vizinha e se alastrava para o canavial”, esclarece Xavier. Segundo ele, 100% dos incêndios na cana, atualmente, são criminosos ou acidentais, ressalta.

A CMAA conta, também, com 12 frentes de brigadas de combate a incêndios nas áreas de colheita, treinadas e com essa prioridade. Além de no mínimo cinco caminhões pipa à disposição nos lugares estratégicos e já com históricos de focos de incêndios.

Fonte: Gerência Comunicação SIAMIG