Segundo pesquisadora, rendimento fermentativo de muitas usinas está aquém do potencial
18-02-2015

 

“Para a produção de etanol, precisamos ter um novo olhar onde acreditamos que há muito a ser feito para melhorar a produtividade. De 1 a 2% de aumento de eficiência é possível e temos que buscar isso com foco “point’”, afirma a pesquisadora Teresa Cristina, que faz seleção de leveduras naturais de usinas há 12 anos.
“É um absurdo o que acontece na área da fermentação alcoólica no Brasil! Muitos se contentam com 88% de rendimento fermentativo, quando poderia-se conseguir pelo menos 90%, ou até mesmo 92%”, afirma. Ela explica que em 95% das usinas do Brasil se trabalha com leveduras 100% rugosas a partir do segundo mês de safra. “Aí as fermentações são lentas ao mesmo tempo em que se gasta muito mais insumos, cerca de 20% a mais de dispersante e 50% de antiespumante, principalmente se bateladas. Sem contar que fermento rugoso é pelo menos 3% menos eficiente que fermento liso, contando com o mesmo tempo de fermentação.” Segundo ela, nesta crise não se deve trabalhar com fermento rugoso, “a menos que se queira perder no mínimo 2% de produção de etanol”.
Desta forma, de acordo com a pesquisadora, se pode produzir a mais “500 milhões de litros de etanol com a mesma qualidade e quantidade de cana considerando a produção do Brasil por safra, 2% mais!”

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