Seminário de Produtividade & Redução de Custos levou novos conhecimentos e a esperança de que anos melhores estão por vir
04-12-2015

O 14º Seminário de Produtividade & Redução de Custos terminou ontem, em Ribeirão Preto, com indicativo de que os próximos anos serão melhores para a agroindústria canavieira. Previsão que só se confirmará para as empresas que reduzirem custos e aumentarem a produtividade. Cerca de 350 profissionais participaram do evento, promovido pelo Grupo IDEA. 

O segundo dia do seminário trouxe a palestra “Cenários para o setor sucroenergético”, proferida pelo Professor da FEA/USP, Marcos Fava Neves. Segundo ele, embora a conjuntura indique a recuperação da atividade no país, existem duas “doenças” que o setor precisa superar: o alto endividamento que várias empresas contraíram e a necessidade premente de aumento da produtividade.
Já outro fator, segundo ele, não é motivo de preocupação para o segmento: o mercado. Além do açúcar, que depois de vários anos volta a apresentar um cenário de déficit no mercado mundial, o etanol atravessa, no Brasil, uma fase de elevação do consumo. “Ainda mais porque o consumo de combustíveis no país cresce 1% neste ano, apesar da crise.” Outra questão que tende a favorecer o biocombustível brasileiro são os compromissos arrojados que o Brasil assumiu na COP21, em Paris, e que tendem a beneficiar a cana-de-açúcar.
Na sequência, veio uma das palestras mais esperadas do evento: “Onde buscar as 100 t/há e 140 kg/t de ATR”, realizada por Dib Nunes, diretor do Grupo IDEA. Segundo ele, o setor sucroenergético está numa fase de transição e de mudanças. Um cenário que impõe vários desafios para o setor. “Mas será que estamos fazendo a nossa parte ante a esses desafios e essas mudanças”, indagou Dib.
Ao fazer um diagnóstico dessa fase enfrentada por esta agroindústria, um dos maiores problemas é a mecanização. “Vemos que não são todos os produtores que sabem usar uma máquina, que sabem colher e plantar bem.” O resultado é que o setor deixa de produzir na sua máxima potencialidade, pois tem muitos problemas no sistema produtivo.
Ele apresentou vários exemplos, como o grande número de perdas na colheita. “Nenhuma usina tem menos de 4% de perdas na colheita.” Outros problemas graves são o arranquio de touceiras durante o processo de colheita, o pisoteio no transbordamento da cana – que faz a usina perder de 10% a 15% - e a alta incidência de impurezas. “Apenas superamos os problemas analisando e melhorando os procedimentos operacionais.”

ALTA PRODUTIVIDADE
A terceira palestra foi sobre transporte e logística, abordando estratégias para reduzir o custo da colheita mecanizada, com Rogério Junqueira, da Logtrac. Já no encerramento da programação, foi a vez do diretor agrícola da Usina Guaíra, Gustavo Villa Gomes, apresentar as estratégias de gestão e práticas bem sucedidas que a empresa adota. A Guaíra sempre se destaca nos seus níveis de produtividade agrícola. Por isso, as práticas implantadas pela usina – que começam com o preparo do solo e se estendem até o sistema de gestão - foram acompanhadas com atenção pelo público.
O 14º. Seminário de Produtividade & Redução de Custos encerrou a programação de seis seminários que o Grupo IDEA promoveu ao longo de 2015 – ano que marcou a comemoração dos 20 anos da empresa. Ao todo, os seis eventos reuniram mais de 3.000 profissionais da cadeia sucroenergética.
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