Sertãozinho, capital mundial sucroenergética, registra mais contrações do que demissões em 2020
29-01-2021
A cidade teve um saldo positivo de 1.005 empregos na somatória de janeiro a dezembro. No Estado de São Paulo, como um todo, a perda foi de 1.159 postos de trabalho
Não é novidade a informação de que Sertãozinho, localizada no interior de são Paulo, respira cana-de-açúcar. Além dessa cultura agrícola circundar a cidade, o município conta com quatro unidades sucroenergéticas em funcionamento e mais de 500 empresas que desenvolvem tecnologias para o setor sucroenergético, motivo que explica o fato de Sertãozinho ser a sede da Fenasucro & Agrocana.
Assim, quando a cana vai bem, a economia sertanezina está em alta, já quando a cana vai mail, Sertãozinho despenca. Na primeira década do ano 2000, quando se registrou o boom sucroenergético, a cidade figurou diversas vezes como líder na geração de empregos no Brasil. Com o declínio da expansão e fechamento de usinas, até mesmo em Sertãozinho, a situação se inverteu e os recordes passaram a ser de desemprego.
Após quase uma década de crise, em 2019 o cenário começou a ser mais alentador para o setor sucroenergético e a queda na geração de empregos em Sertãozinho foi atenuada. A expectativa para 2020 era grande, principalmente com a implementação do RenovaBio, programa governamental de incentivo aos biocombustíveis, focado na descarbonização e que premia a eficiência da produção e a adoção de tecnologias inovadoras.
Mas, um pouco antes da safra 2020/21 iniciar, veio a pandemia da Covid-19 e o cenário de 2020 ficou incerto. Nesta quinta-feira, dia 28/01, o Ministério da Economia divulgou os dados do CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados -, sobre a geração de empregos com carteira assinada no Brasil no mês de dezembro de 2020.
O relatório aponta que Sertãozinho gerou 301 empregos no mês passado, ou seja, foram 301 admitidos a mais que os demitidos. Com os dados consolidados de dezembro, o resultado anual de 2020 mostra que Sertãozinho registrou um saldo positivo de 1.005 empregos na somatória de janeiro a dezembro. Já a média do Estado de São Paulo foi negativa, com perda de 1.159 postos de trabalho em 2020. Sinal evidente de que a cana, mesmo timidamente, está em recuperação. A expectativa agora é para 2021.
Fonte: CanaOnline

