Sertãozinho está pronta para a retomada do setor
17-06-2016

Estima-se que, apenas nos últimos cinco anos, Sertãozinho tenha perdido cerca de 10 mil carteiras assinadas

A Fenasucro – maior feira de tecnologia sucroenergética do mundo - não é realizada no município paulista de Sertãozinho por acaso. A cidade é considerada o maior polo sucroenergético do mundo, congregando grande parte da indústria de base fornecedora de equipamentos para o setor canavieiro. E exatamente por conta dessa característica que o município vem enfrentando dificuldades ao longo dos últimos anos, pois, bem antes da crise econômica se instalar no país, a cidade vinha “mal das pernas”, refletindo, em números, os resultados de uma crise anterior bem mais setorizada.

Estima-se que, apenas nos últimos cinco anos, Sertãozinho tenha perdido cerca de 10 mil carteiras assinadas. Isso em uma cidade do tamanho de São Paulo, por exemplo, pode não ser muita coisa, mas em um município de apenas 110 mil habitantes, esse fato é bem preocupante. “Temos vivido uma situação degradante. O desemprego atual é o segundo maior de nossa história, sendo que temos três vezes mais desempregados do que a média do Estado do São Paulo e do Brasil, que gira em torno de 4,4%. Somente nos últimos 12 meses, o número de empregados caiu mais de 10%”, relata o secretário de desenvolvimento econômico de Sertãozinho, Carlos Roberto Liboni.

Porém, o secretário já vislumbra um futuro melhor, devido ao início de uma possível recuperação industrial por parte das usinas de açúcar e etanol. “Acredito que os recursos que já estão sendo capitalizados pela cadeia produtiva chegarão à indústria de base em um ou dois anos, o que alavancará o parque industrial da cidade.”

E, quando esse momento chegar, Liboni afirma que o município estará prontíssimo para atender a todas as demandas possíveis. “Já as primeiras encomendas resultarão em alto poder de lucratividade, com margens altíssimas devido à ociosidade em que a indústria de base se encontra atualmente.”

Porém, segundo o secretário, a desidratação da capacidade profissional é um fator preocupante, já que, ao longo dessa crise, as empresas perderam inúmeros talentos de alto nível. “A partir de agora, temos que trazer de volta nossa musculatura tecnológica e investir na formação de novas lideranças.” Mas Liboni não acredita que esse será um problema tão grande, pois o processo será feito gradativamente. “Na mesma medida em que o setor recupera a demanda, nós recuperaremos nossa oferta.”
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