Setor foca no aumento da CIDE sobre a gasolina
23-09-2015

Se por um lado a elevação da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina é o plano B do governo para aumentar a arrecadação e cobrir o déficit do Orçamento para 2016, por outro é vista como a salvação da lavoura pelo setor sucroenergético.

Caso a proposta de CPMF, apresentada pelo governo, naufrague no Congresso Nacional, o governo pode estabelecer o aumento da CIDE, beneficiando indiretamente o etanol, ao aumentar sua competitividade frente à gasolina. “Para o mercado do etanol, seria muito importante sair a elevação da Cide. Vindo a Cide, tende a melhorar um pouco para o etanol”, afirmou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, durante a conferência internacional de energia Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (Amcham).
Para alguns especialista e nomes do governo federal, a CIDE pode ter um peso amargo sobre a inflação, mas como a medida requer 90 dias de prazo para entrar em vigor, seu impacto poderá ser sentido apenas no próximo ano.
Para dar mais competitividade ao etanol sucroenergético, o setor quer que o governo eleve a Cide de R$ 0,10 para R$ 0,60 por litro. Porém, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, teria dito que é preciso esperar um melhor momento político para a medida.
Durante a Conferência Internacional sobre Açúcar e Etanol da Datagro, que terminou hoje em São Paulo, ficou patente a postura do setor sucroenergético pelo retorno da CIDE. “Esse é o nosso foco. O setor precisa da CIDE e estamos em negociação por esta medida”, disse o representante de uma das entidades representativas da agroindústria canavieira.


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