Setor poderá pagar conta alta por reduzir o índice de renovação, principalmente se o clima não ajudar
16-03-2016

Depois da estiagem de 2014, o clima ajudou o canavial em 2015 e continua muito favorável em 2016. Mas Humberto Carrara, gerente de processos agrícolas da USJ, aponta um problema: “o setor não está plantando tudo que deveria plantar. Uma situação que tem sido comum no geral. Estão todos segurando investimentos”.

A consequência dessa decisão virá a partir da safra de 2017, quando os canaviais estarão mais envelhecidos, resultando em menor produção. “Isso significa que na safra 2017/18, em função da redução de plantio e da queda das expansões, teremos menos cana, possivelmente.” Talvez menos matéria-prima do que a demanda.
Pior ainda se o clima não ajudar. “Se tivermos um atropelo com o clima, a escorregada vai ser grande. A resposta vai ser ruim, drástica. Com canavial envelhecido e sofrendo estresse, virá uma conta alta”, diz Carrara. Inclusive, a previsão de instalação do fenômeno La Niña no segundo semestre de 2016 aumenta o temor de estiagem num futuro próximo.
De acordo com Carrara, a USJ tem feito renovação de aproximadamente 12% dos canaviais, enquanto o ideal seria perto de 20%. Esse baixo índice de reforma também tem sido adotado por boa parte das usinas do Centro-Sul.

Veja mais notícias na Revista CanaOnline, visualize no site ou baixe grátis o aplicativo para tablets e smartphones – www.canaonline.com.br.