Sphenophorus ganha status de principal praga nos canaviais de São Paulo
06-07-2015

O estado de São Paulo responde por 60% da produção de cana no Brasil, assim, quando uma praga afeta os canaviais paulista acende o sinal de alerta. É o que está ocorrendo com o Sphenophorus levis, conhecido popularmente como bicudo-da-cana.

Segundo o engenheiro agrônomo Aloisio Ravagnani Dias, do departamento Técnico Agropecuário da Coopercitrus, o Sphenophorus em várias regiões do Centro-Sul, principalmente São Paulo, assumiu o primeiro lugar entre as pragas que mais causam danos ao canavial, em decorrência da dificuldade de seu controle e severidade de seu ataque que provoca diminuição drástica da produtividade agrícola e renovação antecipada do canavial, podendo ser até no segundo corte. A broca-da-cana continua liderando o ranking nacional das pragas canavieiras, mas seu controle é amplamente conhecido, além de mais fácil do que o do Sphenophorus.
Identificado inicialmente na região de Piracicaba, SP, o bicudo-da-cana se espalhou rapidamente pela região Centro-Sul utilizando como meio de transporte os caminhões com mudas de cana sem sanidade que seguiam para as áreas de renovação ou de formação de novos canaviais, para atender a expansão canavieira implementada de 2003 a 2009.

Ravagnani Dias salienta que o fim da queima da cana é um fator considerável para a expansão da praga e o corte mecanizado é uma das fontes de disseminação. O engenheiro explica que os danos são causados pelas larvas que broqueiam os rizomas e os primeiros entrenós basais que refletem no número, tamanho e diâmetro dos colmos finais para a colheita, sendo que as perdas econômicas podem ser estimadas com a redução nas toneladas de cana esperadas por hectare. Em alguns locais têm-se detectado de 50 a 60% de perfilhos atacados, ocasionando reduções em torno de 20 a 30 toneladas por hectare (ha).

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