Subsídios têm causado distorções no mercado mundial de açúcar
11-09-2015

Segundo Plínio Nastari, da Datagro Consultoria, o estoque mundial de açúcar deve ter uma pequena queda na safra 2015/16. Depois de chegar a 47,9% na relação estoque/consumo na safra 2014/15, esta relação deverá cair para 46,1% no ciclo atual. Ante uma previsão média de crescimento mundial do consumo de 2,01%. 

No mercado externo de açúcar, o Brasil corresponde a 46% das exportações mundiais. Mas este é um mercado que sofre grandes distorções por conta de políticas de intervenção adotadas tanto por países produtores como por países consumidores.
Na Índia, os preços da cana são artificialmente elevados. Os produtores têm subsídios para a exportação e financiamentos a custo zero para usinas pagarem fornecedores.
Na Tailândia, o governo tem um programa de incentivo que está levando grande número de produtores de arroz para a produção de cana. Com os subsídios governamentais, o plano prevê elevar a produção da safra canavieira do país de 12 milhões de toneladas, em 2015/16, para 17 milhões de toneladas dentro de 5 ou 6 anos.
Já União Europeia e Estados Unidos têm mercados muito protegidos. Nos países da Europa, o mercado interno é protegido por tarifas de importação muito elevadas. Nos EUA, o mercado interno é protegido e o preço interno é mantido artificialmente elevado para manter produtores domésticos. Já na Rússia (ex-maior importador da commodity), a tarifa de importação elevada mantém proteção à indústria local.
China e Indonésia, que são dois grandes consumidores, também apresentam distorções. Os preços domésticos do mercado chinês são elevados para manter a indústria local. Também faz o uso da sacarina em grandes volumes para controlar o consumo, além de controles sobre a importação. Na Indonésia também há controles sobre a importação.

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