Tereos: 10 coisas que você precisa saber sobre a metanização
07-05-2019

A Tereos trata e valoriza resíduos orgânicos graças à metanização. Veja 10 coisas para se saber sobre essa tecnologia inovadora.

A economia circular está no centro da atividades da Tereos, e a valorização dos efluentes (águas residuais ou resíduos líquidos) é um compromisso importante de nossa empresa. Nesse âmbito, o Grupo recorre à metanização, uma tecnologia que permite valorizar efluentes, e mais especificamente, produzir biogás. Conheça esse processo, que promove o desenvolvimento das energias renováveis.

1. A metanização é um processo biológico, baseado na degradação por bactérias (ou micro-organismos) da matéria orgânica. Essa reação produz principalmente biogás, uma mistura gasosa saturada em água com grande poder energético.

2. Na metanização industrial, entre 60 e 70% da matéria orgânica se transforma em metano (CH4), principal componente do biogás, e o restante é principalmente composto por CO2 e água. Essa reação será otimizada em ambiente com taxa de oxigênio zero, temperatura de 37°C (próxima da temperatura do corpo humano) e pH neutro.

3. Todo efluente ou resíduo potencialmente biodegradável pode ser colocado em um “metanizador” para produzir biogás. Essa tecnologia é especialmente utilizada no setor agrícola. No total, são quatro setores que utilizam essa técnica para os efluentes: o agrícola, o industrial, de resíduos domésticos e de resíduos produzidos por estações de tratamento de água.

4. Essa energia é local e renovável. Pode ser utilizada para a produção de eletricidade, por meio de um motor de cogeração e para a produção de calor (por meio de caldeiras exclusivamente). Permite também a produção de combustível para veículos ou para injeção na rede de gás natural, após um processo de depuração avançado. A Tereos valoriza o biogás para gerar energia para suas próprias unidades de produção, usando-o em suas caldeiras após um tratamento específico, indispensável para evitar a corrosão dos equipamentos e para se adequar às normas relativas às emissões na atmosfera.

5. A metanização está a serviço da transição energética, permitindo uma diminuição de emissões de gases de efeito estufa, já que o biogás substitui regularmente energias fósseis, como petróleo, gás, diesel ou carvão.

6. Existem duas principais tecnologias de metanização: um processo destinado ao tratamento dos efluentes, que permite criar biogás, por meio de metanizadores, antes de seu despejo em meio natural, nos rios. O segundo processo libera um resíduo chamado “digestado”, além de produzir gás. A Tereos explora essas duas tecnologias, mas essa última é ainda mais utilizada, pois produz um digestado com propriedades agronômicas interessantes, que pode servir principalmente de fertilizante em substituição aos fertilizantes químicos.

7. As unidades de Artenay (França) e Dobrovice (República Tcheca) instalaram “metanizadores” para as vinhaças, provenientes da produção de álcool, a partir da beterraba sacarina da Tereos, e transformadas em biogás. Os metanizadores permitem cobrir uma grande parte das necessidades em energia das destilarias durante a safra.

8. Em 2017, a Tereos, a Nestlé e a Bonduelle se associaram em um agrupamento industrial de empresas para alimentar com matérias-primas a nova unidade de metanização do Grupo Vol-V, na região de Somme, na França. A Tereos pode, assim, valorizar seus resíduos de processos em biogás ou para aplicações em solos agrícolas, repartidas pelas terras dos agricultores participantes deste projeto.

9. Na França, três unidades da Tereos praticam a metanização de efluentes em suas estações de tratamento: Origny, Lillers e Lillebonne. A unidade belga de Aalst também usa essa tecnologia, que permite fabricar biogás e tratar os efluentes oriundos de processos antes de seu despejo em meio natural. As unidades de Ceské Mezirici e Dobrovice, na República Tcheca; de TSSI Redwood, na Indonésia; de Teiling e Dongguan, na China; e de TSSB Palmital, no Brasil, também usam essa tecnologia.

10. As tecnologias de metanização podem variar e diferir, conforme as zonas geográficas e as áreas disponíveis. No início de 2017, a Tereos lançou um projeto de “metanização lagunar” no Brasil, em sua unidade de Palmital. Essa fábrica de amido de milho dispõe de grandes bacias, onde os efluentes são tratados, e sob o efeito das elevadas temperaturas externas, ocorre a produção de biogás. A título de comparação, o metanizador da unidade de Origny pode tratar mais ou menos a mesma carga de poluição orgânica em uma área quinze vezes menor.

 

Assessoria Tereos