TJ-SP suspende leilão de ativos do Grupo Carolo
29-06-2015

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) suspendeu o leilão de dois ativos do Grupo Carolo em Minas Gerais, previsto para ser finalizado na tarde desta sexta-feira, 26. Segundo o administrador judicial Alexandre Borges Leite, o TJ-SP acatou o pedido de um credor da companhia em recuperação judicial para paralisar o leilão da usina Planalto e da fazenda Manchúria, em Ibiá (MG), avaliadas em quase R$ 57 milhões. "Um novo leilão será formatado e publicado, o que dever demorar cerca de um mês", afirmou Leite. Até o início da manhã desta sexta no site do leilão eletrônico, feito via internet, não haviam sido feitos quaisquer lances acima do inicial, em R$ 25 milhões, o equivalente a 45% do valor total dos bens. No fim da manhã, o cronômetro regressivo foi alterado, com previsão para que o encerramento de um possível novo certame ocorra em 35 dias, ou seja, em 31 de julho. A usina é capaz de produzir 300 mil litros de etanol por dia e de armazenar 15 milhões de litros do combustível. A fazenda tem 1,27 mil hectares, com galpões, represas, 600 hectares para cultivo de cana-de-açúcar e pista de pouso. Segundo o administrador judicial da companhia, além da suspensão do leilão, o TJ-SP rejeitou três agravos contra o plano de recuperação da companhia sucroalcooleira com sede em Pontal (SP) e aprovado pelos credores. "Isso foi muito positivo, porque o plano segue valendo", afirmou. Além dos três agravos, o tribunal solicitou mudanças em cláusulas aprovadas no plano, mas consideradas ilegais: a que a companhia precisaria de uma nova assembleia de credores para a decretação de uma falência e que a liberação de avais e vendas de ativos poderia ser feita sem autorização judicial.