Transportadores de combustíveis em Minas Gerais confirmam paralisação nesta quinta-feira
25-02-2021

Foto: Divulgação/Sindtanque-MG
Foto: Divulgação/Sindtanque-MG

Transportadores de combustíveis em Minas Gerais confirmaram para a Itatiaia que devem mesmo cruzar os braços e paralisar as atividades a partir de meia-noite desta quinta-feira (25). A categoria está em estado de greve e planeja uma carreata para esta quinta.

 Eles protestam contra a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o óleo diesel em Minas que, segundo eles, é o mais alto do Brasil.

O sindicato que representa os transportadores de combustível (Sindtanque) afirma que já se reuniu com o governo do Estado, mas que a resposta para a reivindicação foi negativa e, por isso, eles decidiram paralisar. Ainda segundo o presidente do Sindtanque, Irani Gomes, a luta pela redução da alíquota existe há uma década e não avançou nada na atual gestão.

Atualmente, a alíquota da gasolina é de 31%, do etanol de 16% e do diesel de 15%. Para que haja alteração,o governo do Estado precisa enviar projeto de lei para Assembleia Legislativa para que os deputados possam aprovar.

Nos últimos meses, a cobrança dos transportadores em relação a redução vem aumentado porque a base de cálculo para cobrança das alíquotas do ICMS é o preço médio do combustível e, como ele vem subindo, todo o custo aumenta.

A Secretaria da Fazenda de Minas Gerais respondeu para a Itatiaia que o preço médio ponderado ao consumidor final é atualizado mensalmente levando em consideração os preços praticados pelos revendedores em todas as regiões do Estado. O resultado da pesquisa realizada pela Secretaria da Fazenda, de acordo com a nota, é baseado nas notas fiscais emitidas em 4.272 postos revendedores distribuídos em 828 municípios mineiros.

 Portanto, de acordo com a Secretaria da Fazenda, “é importante ressaltar que as mudanças do preço dos combustíveis não são em função do ICMS, mas sim da política de preços praticada pela Petrobras”.

Frete

 Transportadoras de minério, principalmente autônomos de Brumadinho, Sarzedo, Congonhas e Sete Lagoas, estão em paralisação desde segunda-feira (22). Eles reivindicam aumento do valor do frete e afirmam que estão pagando do próprio bolso os reajustes constantes no preço do combustível. São dois movimentos diferentes, um de paralisação pela redução do ICMS e outro pelo aumento do valor do frete.

Fonte: Itatiaia