Usina Ferrari utiliza UPDT em 100% de suas MPBs. Economia no campo chega a R$ 144 mil por semestre
11-07-2018

O produto conservou toda a característica física do substrato e manteve as radicelas bem desenvolvidas

Em junho de 2017, a Usina Ferrari, localizada no município paulista de Pirassununga, inaugurou seu núcleo de produção de mudas pré-brotadas. A nova estrutura veio de encontro a um antigo desejo da usina, que era por fim a compra de mudas de instituições de pesquisa, cuja programação de entrega nem sempre batia com as necessidades da unidade. Atualmente, a capacidade de produção do núcleo gira em torno de 3 milhões de mudas por ano.


Segundo o coordenador da área de pesquisa e desenvolvimento da Usina Ferrari e responsável pela área de produção de MPB. Cristiano Tavares salienta que na produção e manejo de mudas pré-brotadas, a disponibilidade de água é um dos principais gargalos. “Plantar MPB em fazendas com pivôs é fácil, pois a água está ali com bastante facilidade e dá para irrigar no momento que achar conveniente. O problema se encontra nas fazendas onde não há estrutura de irrigação.”

Uma das opções seria o plantio de mudas pré-brotadas apenas nos períodos das águas. Porém, essa é uma alternativa praticamente impossível de ser adotada, devido as condições e necessidades do setor sucroenergético nacional.

Por conta disso, quando a Ferrari ouviu falar que sua parceira de longa data – a UPL – estava desenvolvendo uma tecnologia que poderia sanar grande parte dessas dificuldades, a empresa decidiu ser uma das primeiras a testar o novo produto.

Os trabalhos foram iniciados em setembro de 2017. Hoje, pouco mais de novo meses após a implantação do primeiro campo, o UPDT já é uma tecnologia consolidada na unidade, se tornando essencial principalmente nos períodos mais secos do ano. “Não temos mais receio de trabalhar com MPBs. 100% das nossas mudas saem do núcleo de produção tratadas com o produto. É um caminho sem volta”, afirma Tavares.

Durante os testes, a Ferrari constatou que as mudas tratadas com o UPDT apresentaram um material mais vigoroso e com desenvolvimento superior ao das mudas não tratadas. O produto conservou toda a característica física do substrato e manteve as radicelas bem desenvolvidas. “Além disso, no momento da irrigação, não houve lixiviação dos nutrientes, pois o gel do UPDT os conservou dentro do material.”

Mas a característica que mais encheu os olhos da Usina Ferrari foi a economia de água proporcionada pelo produto, que chegou a 95% dentro do núcleo de produção. “Durante as fases de aclimatação e rustificação das mudas, chegávamos a realizar três irrigações diárias. Com o UPDT, passamos a fazer apenas uma semanal. O consumo de água caiu de 60 mil litros para apenas 3 mil litros por semana.”

No campo, após o transplantio das mudas, o UPDT também se mostrou bastante eficiente na redução do consumo de recursos hídricos. A Ferrari irrigava suas áreas recém-plantadas duas vezes ao dia - ao longo dos primeiros 15 dias - visando garantir o pegamento das mudas. Agora, é feita apenas uma boa irrigação inicial - visando reidratar o UPDT e também eliminar os bolsões de ar do solo -, sendo que as demais poderão ser espaçadas de sete a 15 dias.

“Com a utilização do UPDT, as irrigações no campo deixaram de ser diárias e passaram a ser semanais, o que gerou uma economia de R$ 144 mil de água no período de seis meses. Sem falar que passamos a utilizar seis caminhões pipas a menos na semana. São frentes de trabalho que poderão ser utilizadas em outras operações da usina”, completa Tavares.