Usina Pitangueiras está entre as unidades que investem para aumentar a produção de açúcar
01-11-2016

Hoje a produção média da Pitangueiras está em 66% de açúcar e 34% de etanol

Na Usina Pitangueiras, SP, produzir açúcar está dando gosto nesta safra. “Tanto que nosso propósito é melhorar o processo açucareiro para fazer o máximo de mix de açúcar, porque os preços estão favoráveis”, diz Gilmar Galon, gerente industrial da usina.

Hoje a produção média da Pitangueiras está em 66% de açúcar e 34% de etanol. “Vamos investir para elevar esta capacidade para 70%, 72% de açúcar. Por isso, temos projeto de fazer adequações, como em evaporação. Também vamos fazer 100% da manutenção necessária na indústria, para que a empresa não pare em momento algum.”

Mas ter capacidade de dedicar 72% de toda produção para o açúcar não é um exagero? Considerando o patamar de rentabilidade que a commodity proporciona no momento, vale a pena. Além disso, “quando o cenário mudar, temos flexibilidade para produzir 50% de açúcar e 50% de etanol”, sublinha Galon.

E este é, segundo GuilhermeNastari, diretor da Datagro Consultoria, o grande trunfo da agroindústria canavieira: “toda vez que o preço do açúcar está ruim, faço etanol. E toda vez que etanol está ruim, faço açúcar. Esse é o maior ativo do setor sucroenergético no Brasil”, frisa o diretor da Datagro. “É a capacidade que temos de mudar, relativamente rápido, de um ano para o outro, para o mercado que é mais atraente naquele momento.”

A FCStone prevê que a safra 2016/2017 termine com mix de 44,1% para açúcar, ante 40,6% no ano passado.Segundo os cálculos da MB Agro Consultoria, neste ano, em média base PVU, a diferença de rentabilidade entre etanol e açúcar vai ficar em 32,5%, chegando em alguns meses a níveis acima de 45%. Na avaliação de Alexandre Figliolino, da MB Agro Consultoria,a rentabilidade do etanol hoje é boa, mas não excepcional como a do açúcar. Mas qualquer cenário futuro para o biocombustível vai depender da política de preços da Petrobras, dos preços do Petróleo e seus derivados e da questão da diferenciação tributária (CIDE, PIS/COFINS E ICMS) que as autoridades brasileiras venham a fazer entre o combustível limpo renovável e seu concorrente fóssil.

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