Usina Santa Fé comprova que fungicidas não controlam nematoides
19-07-2017
Virou prática comum no setor canavieiro o uso de fungicidas para controle de nematoides
A afirmação acima pode parecer óbvia, mas virou prática comum no setor canavieiro o uso de fungicidas para controle de nematoides. Porém, o consultor técnico Antônio Luiz Palhares afirma que esta não é uma prática que deva ser adotada. “Quem faz isso está jogando dinheiro fora. Os fungicidas tem controle sobre fungos do sistema radicular, melhorando-o, mas não resolvem o problema dos nematoides.”
A Usina Santa Fé, localizada no município paulista de Nova Europa, era uma das adeptas desse tipo de manejo. Isso até chegar a equipe da FMC e propor um teste com o nematicida químico Marshal Star. A unidade separou uma área para experimentação e em algumas linhas, utilizou seu tratamento padrão de sulco de plantio, com fungicidas e inseticidas. Em outras, colocou os mesmos defensivos, adicionando também o nematicida da FMC.
A gestora de desenvolvimento agronômico e qualidade agrícola da Usina, Thais Magalhães, contou que todos ficam impressionados com os resultados obtidos. "Desde o início da brotação já notamos a diferença. A cana que recebeu aplicação do nematicida está mais alta, verde, com menos falhas e com uma maior quantidade de colmos por metro linear. Além disso, notamos um maior fechamento da entrelinha. Com certeza, teremos um incremento de, no mínimo, 20 toneladas por hectare." Vale ressaltar que todos os tratamentos e biometrias foram conduzidos pela equipe da Usina.
O responsável por propor essa experiencia à Santa Fé foi o Desenvolvedor de Mercado da FMC, Giovanni Oliveira, que também acompanhou o experimento, desde o plantio. Segundo ele, com 60 dias após aplicação (DAP), a quantidade de perfilhos por metro na área padrão era de 5,88, enquanto que, na área com Marshal Star, o número era de 11,15. Com 120 DAP, a diferença era de 8,23 para 16,82. Com relação a porcentagem de falhas, a área padrão registrou 45% (60 DAP) e 57% (DAP). Já o canavial tratado com o nematicida apresentou falhas de 16% (60 DAP) e 9% (DAP).
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