Usina Santa Fé inicia colheita de cana energia
22-03-2017

A colheita é realizada por uma máquina que é metade forrageira, metade colhedora e tem 750 cavalos

Começou ontem, 21, a colheita de cana-energia da Usina Santa Fé, de Nova Europa, SP. A variedade de cana energia plantada na Santa Fé é da Vignis, empresa nascida há seis anos e que desenvolve melhoramento genético convencional com foco em variedades de cana mais fibrosas e com maior adensamento nas lavouras que a cana comum, possibilitando maior produção de energia elétrica e o dobro de etanol.

De acordo com Luís Claudio Rubio, presidente da Vignis, serão colhidas da Santa Fé, em torno de 150 mil toneladas de cana energia, a safra deve levar uns 20 dias e a cana é colhida por uma máquina que é metade forrageira, metade colhedora tem 750 cavalos, a colhedora convencional tem 350, e colhe entre 100 a 120 toneladas por hora. Apesar da maior potência, consome em torno de 0,6 litros de diesel por tonelada de cana, enquanto a colhedora gasta 1,2 litros por tonelada. Essa máquina libera a cana em um particulado de 20 milímetros, é o tamanho da partícula que, hoje, os profissionais da Vignis acreditam ser a mais adequada, mas máquina pode fazer até particulado de cinco milímetros.

A cana-energia que está sendo colhida na Santa Fé produz em média 185 toneladas de cana por hectare,93 de ATR, que equivale a 17, 2 tonelada de açúcar por hectare, e 26% de fibra, resultando em 92,6 toneladas de bagaço por hectare. Tem 62% de água e 38% de matéria seca. Enquanto que a cana-de-açúcar (com alta produtividade), apresenta 100 toneladas/ha, 135 de ATR – equivalente a 13,5 toneladas de açúcar por hectare e 12, 5 de fibra, resultando em e 25 toneladas de bagaço por hectare. Tem 70% de água e 30% de matéria seca.

Como a Santa Fé não cogera energia, o bagaço é enviado para a Citrosuco em Matão e o caldo fica na usina para a produção de etanol, pois a cana-energia não é só fibra, também tem açúcar. Neste ano, a Santa Fé é a primeira usina a iniciar a moagem com cana-energia da Vignis, outras unidades como a Zilor, Odebrecht Agro, unidade Caçu, em GO e a Raízen, também moerão. Segundo Rúbio, a produção de com cana energia da Vignis neste ano será de 1,2 milhão de toneladas, em 2018, serão 2, 5 milhões e em 2019, 4 milhões de toneladas.

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