Usina São João investe pesado para alcançar moagem de 3,5 milhões na safra 2016/17
06-02-2015

Para este ano, a unidade começa a vender excedente de energia elétrica

Investimentos feitos nos últimos anos na renovação do canavial e na modernização de processos agrícolas e industriais vão dar suporte à meta da Usina São João, do grupo USJ, localizada em Araras, de processar 3,32 milhões de toneladas na safra 2015/16, além de alcançar 3,5 milhões na safra seguinte.
Uma das novidades para a próxima safra é a venda do excedente de energia elétrica produzida pela USJ, a partir da queima do bagaço da cana. Tradicionalmente, a usina sempre consumiu integralmente toda a energia que produzia. Agora, novas caldeiras e novo gerador, bem como a melhoria de processos industriais, vão permitir gerar 72 mil MW de energia, dos quais 27 mil serão comercializados. “O potencial é chegar a 30 mil MW/h a cada safra, o suficiente para iluminar 20 mil casas por seis meses”, diz o gerente executivo industrial da Usina, José Augusto Prado Veiga. O investimento foi de R$ 70 milhões.
Na neste ano, a colheita receberá impulso com a implantação de um sofisticado sistema de monitoramento por geoprocessamento (GPS), que vai permitir saber em tempo real todos os detalhes a respeito das máquinas agrícolas que estão em operação (colhedora de cana, trator com transbordo e caminhão). “Poderemos saber onde está cada máquina, qual trajeto está fazendo, em que velocidade está trabalhando, quanto tempo vai levar para executar determinada tarefa, quanto tem de combustível e uma série de outros detalhes que, cruzados, vão tornar a colheita muito mais eficiente”, afirma o gerente de processos agrícolas da USJ, Humberto Carrara.
Mais do que isso, o sistema vai permitir otimizar a colheita, com economia de tempo e combustível, porque vai seguir as mesmas informações utilizadas para o plantio. Na primeira fase do projeto de automação agrícola, o plantio foi planejado em simulações no computador que permitiram determinar o melhor traçado dos sulcos no terreno e a conservação do solo, seguindo a topografia.
Já a SJC Bioenergia, joint venture formada pelo Grupo USJ e a multinacional de alimentos Cargill, prevê processar no ciclo 2015/16 um volume de 7 milhões de toneladas de cana em suas duas unidades, localizadas na região de Quirinópolis, no Sul de Goiás: São Francisco e Rio Dourado.


CICLO PASSADO - No total, o volume de cana colhida pela Usina S. João atingiu 3,06 milhões de toneladas na safra 2014/15, cerca de 5% menos que na safra anterior. Nas duas usinas do Grupo USJ em Goiás, as metas foram atingidas.
A Usina São João foi afetada, como as demais usinas do estado de São Paulo, pela forte seca que ocorreu na região durante a safra. Embora tenha facilitado a realização da colheita, o clima seco levou a um menor volume de cana colhida, reduzindo a produtividade para 80,2 toneladas por hectare na safra 2014/2015 (contra 90,4 t/ha em igual período da safra anterior).


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