Usinas Itamarati renasce como UISA e inicia processo para se transformar na maior biorrefinaria do país
24-01-2020

Recentemente, a Uisa passou a ser controlada por investidores financeiros liderados pelo fundo de private equity CVCIB
Recentemente, a Uisa passou a ser controlada por investidores financeiros liderados pelo fundo de private equity CVCIB

Foco será produção de energias limpas, alimentos e insumos à base de cana-de-açúcar e milho

Texto: Leonardo Ruiz

Fotos: Leandro Fonseca/Nova PR

A Usinas Itamarati nasceu como um projeto pioneiro no Centro-Oeste brasileiro, numa época em que ninguém imaginava, além de seu idealizador, Olacyr de Moraes, que fosse viável. Instalada no início da década de 1980 em Nova Olímpia, um munícipio do interior do Mato Grosso localizado a 200km da capital Cuiabá, o empreendimento é considerado, até hoje, como um dos maiores do setor sucroenergético fora do principal polo de produção, o Estado de São Paulo. Resultado de sua moderna concepção industrial e práticas avançadas de cultivo.

No entanto, mesmo uma gigante pode ser derrubada de tempos em tempos. Nos últimos anos, a crise que abalou a agroindústria sucroenergética nacional também chegou à Itamarati. Em 2016, a companhia devia R$ 3,2 bilhões, entre débitos fiscais, com fornecedores e instituições financeiras. Naquele ano, José Arimatéa Calsaverini foi contratado para equacionar as dívidas. De lá para cá, 100% do seu passivo foi reperfilado - todas as dívidas foram renegociadas com os credores e a empresa aderiu ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT). Começava ali um dos maiores projetos de reestruturação do segmento.

José Arimatéa Calsaverini: “A usina era uma joia escondida por seus problemas financeiros. Assim que esses problemas foram equacionados, a empresa passou a mostrar toda a sua excelência operacional”

 

Durante esse processo, a empresa também investiu em eficiência operacional e no aumento da produtividade. A moagem saltou de 4,5 milhões de toneladas na safra 2016/17 para 5,025 milhões de toneladas no ciclo atual. “Ficou claro que a usina era uma joia escondida por seus problemas financeiros. Assim que esses problemas foram equacionados, a empresa passou a mostrar toda a sua excelência operacional”, afirma Calsaverini.

A última etapa da reestruturação foi a venda de 100% das ações pela ex-acionista Ana Claudia de Moraes e a finalização do reperfilamento de todo passivo da companhia, que passou a ser controlada por investidores financeiros liderados pelo fundo de private equity CVCIB. Calsaverini foi convidado a permanecer como presidente e liderar a usina em seu novo ciclo de crescimento. A partir de agora, sob um novo nome: Uisa.

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