Variedade não é o único componente da produtividade
14-08-2015

Acredito que, para a produtividade, a variedade é um grande componente, mas não é o único. Estes últimos anos, com o plantio mecanizado, e principalmente a colheita mecanizada de cana crua, às quais as usinas não estavam tão preparadas e tiveram que rapidamente se adaptar, aliado às condições climáticas, que nos últimos anos foram muito danosas à cultura da cana, somente a variedade não teria toda a capacidade de elevar a produtividade. 

Temos variedade com alto potencial, mas verificamos que em função de seu manejo, da colheita mecanizada de cana crua, da compactação do solo, da adubação etc, os resultados deixam a desejar. É preciso somar a essas belas variedades o manejo adequado, para que efetivamente consolidemos uma produtividade acima de 100 toneladas por hectare na média de 5 cortes.

Sozinha, uma variedade não vai resolver o problema. E quando falo de manejo me refiro desde o preparo do solo, a adubação, passando pela colheita, época de corte, qualidade da brotação, colheita de cana crua. Ao carregar sobre a variedade essa grande expectativa estamos penalizando muito esse fator chamado variedade, pois é um complexo.
Por isso que nós, como universidade, entendemos que devemos atuar de maneira conjunta, ampla, em todo o manejo da lavoura. O sonho da RIDESA (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético) é criar um programa de cana-de-açúcar em todas as áreas. Aí sim acredito que teremos aumentos significativos de produtividade.
Edelclaiton Daros, pesquisador da Universidade Federal do Paraná e coordenador nacional da RIDESA


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